O padre Michal Rapacz, que foi assassinado por comunistas em 12 de maio de 1946 em Ploki, cidade na Polônia onde era pároco, foi beatificado pela Igreja numa cerimônia realizada no último sábado (15).
Segundo informações da Vatican News, portal de notícias da Santa Sé, a celebração ocorreu no Santuário da Divina Misericórdia, no distrito de Lagiewniki, na Cracóvia.
Rapacz, que tinha apenas 41 anos de idade, foi morto por um grupo de cerca de 20 homens armados, que invadiram a residência paroquial durante a noite, agrediram e torturaram o padre e depois o assassinaram em uma floresta próxima.
A Polônia estava totalmente sob controle comunista desde a vitória do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial.
O crime foi um ato de ódio à fé: mesmo sem ser um anticomunista declarado, Rapacz teve uma ordem pedindo sua morte divulgada pelo Partido dos Trabalhadores em Trzebinia. Mesmo avisado, se recusou a deixar a paróquia.
O seu processo de beatificação só foi aberto após o fim do comunismo na Polônia, em 1989. Em janeiro deste ano, o papa Francisco assinou um decreto reconhecendo Rapacz como um mártir da Igreja, o que abriu o caminho para a beatificação.
“Difundir o amor por Cristo presente no Pão consagrado era para ele o único antídoto eficaz contra o ateísmo, o materialismo e todas as visões de mundo que ameaçam a dignidade humana”, afirmou na cerimônia de sábado o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, que presidiu a celebração em nome do papa.