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O padre Kenny Fernández Delgado afirmou que foi intimidado pelo regime comunista de Cuba após ter convocado um dia de oração pública pelo país e pela Venezuela, que neste momento está mergulhada num caos político gerado pela fraude do ditador Nicolás Maduro.
Segundo uma matéria da Agência Católica de Notícias (ACI), o padre Fernández havia convocado, por meio de suas redes sociais, no dia 1º de agosto, os fiéis cubanos para se reunirem em um parque, no sábado, dia 3 de agosto, “sem cartazes, slogans ou lideranças além de Jesus Cristo”. No local, seria realizado uma oração por ambos os países às 10h da manhã.
Após fazer a convocação para os fiéis em suas redes sociais, o padre informou que foi "convocado" pelo regime cubano para comparecer a um dos órgãos da ditadura comunista no exato dia e horário para o qual havia agendado a oração pública.
Conforme noticiou a ACI, Fernández disse que recebeu uma ligação de um oficial militar do regime de Havana que o ameaçou com consequências caso não comparecesse à convocação feita pelo regime de Miguel Diáz-Canel. Em resposta, o padre havia dito aos fiéis que “aconteça o que acontecer comigo, estaremos todos unidos, rezando”.
Ao se dirigir ao local, no dia em que realizaria a oração pública, o padre disse que as autoridades do regime castrista o informaram que convocar orações em locais públicos era considerado um “crime”, uma vez que poderia levar à prática de “crimes contra a revolução”.
Ele também afirmou que as autoridades comunistas lhe disseram que qualquer manifestação pública deveria ser avisada com “antecedência” para o regime, e que sua convocação para oração só seria autorizada se fosse para ser realizada "dentro das Igrejas e locais de culto".
O padre criticou essa perspectiva, afirmando que “aqueles que convocam para fazer algo de bom são responsabilizados pelos atos dos criminosos”, noticiou a ACI.
Em uma publicação no Facebook, o padre disse que sua intenção ao convocar a oração era simplesmente buscar uma solução pacífica para os conflitos na Venezuela e em Cuba, considerando que isso deveria ser do interesse de todas as partes envolvidas.
Fernández Delgado reafirmou seu compromisso com a defesa da liberdade de expressão, mesmo diante das ameaças e das possíveis consequências.
“Não me importo de perder um apartamento, ou minha vida, ou a de meus entes queridos, desde que eu ganhe a Cristo e saiba que Ele, a quem vocês não conhecem, tem poder mais do que suficiente para ressuscitar a mim e a meus entes queridos”, afirmou.