O pai do jornalista britânico John Cantlie fez um apelo emocionado da cama de um hospital para que o Estado Islâmico liberte seu filho e permita que ele volte para casa com segurança. Falando depois de passar por uma cirurgia na garganta, Paul Cantlie diz:
"Isso não é como eu imaginaria passar os meus 81 anos", afirmou o pai, que leu a mensagem com a mão trêmula, cercado por monitores. "Para aqueles que mantêm John, por favor, saibam que ele é um bom homem. Ele buscou apenas ajudar o povo sírio e lhes peço por tudo o que é sagrado que nos ajude e permitam que ele volte para casa com segurança para aqueles que o amam".
Dirigindo-se a seu filho, Paul disse com a mão pressionando a garganta: "Eu quero John saiba como sinto orgulho dele. Não consigo pensar em nenhuma alegria maior do que vê-lo livre e autorizado a retornar a aqueles que o amam".
Imagem de vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra fotojornalista freelance britânico, John Cantlie John Cantlie, um fotojornalista britânico, tem sido mantido refém por militantes do Estado Islâmico por quase dois anos depois de entrar no país como um jornalista freelancer.
Ele apareceu em três vídeos divulgados por seus captores. Vestindo um macacão laranja, como os prisioneiros na Baía de Guantánamo, o jornalista faz um apelo desesperado para que sua vida seja salva.
Referindo-se ao primeiro vídeo em que seu filho apareceu, o pai acrescentou:
"Pela primeira vez em quase dois anos, vimos John quando ele fez uma gravação durante a qual disse aos telespectadores que ele ainda era um prisioneiro do Estado Islâmico e que talvez iria viver ou morrer. Como família sentimos grande alívio vendo e ouvindo John e sabendo que ele está vivo. Isso foi seguido por uma sensação de desespero e desamparo".
É a segunda vez que o jornalista caiu nas mãos de militantes na Síria. Ele foi resgatado dos sequestradores em 2012, mas quatro meses depois decidiu voltar ao país, onde foi capturado pela segunda vez e vendido ao Estado Islâmico.