Tel-Aviv O pai da jovem Dana Galkovitz, morta na quinta-feira em uma comunidade agrícola no sul de Israel depois de um ataque com mísseis lançados a partir da Faixa de Gaza, disse que a violência na região preocupava muito a estudante. "Dana queria muito a paz e fez tudo o que pôde para contribuir para um melhor entendimento entre os povos", disse o brasileiro Natan Galkovitz à rede BBC. "Durante o serviço militar, ela fez todos os esforços para tentar humanizar o tratamento dos soldados à população palestina. Ela estava muito preocupada com a violência."
Natan expressou um profundo pessimismo em relação às perspectivas de paz entre israelenses e palestinos. "Não acredito que vai haver paz nem nesta, nem na próxima geração. Talvez só daqui a três gerações seja possível algum avanço, quando os dois povos tiverem novos líderes." De acordo com Natan Galkovitz, "com os líderes atuais, dos dois lados, será impossível fazer a paz".
Dana, que tinha 22 anos, era estudante de Comunicação na Faculdade Sapir e tinha terminado o serviço militar recentemente. Durante o serviço militar, ela serviu no departamento de educação de militares, na Faixa de Gaza. Dana nasceu em Israel, mas tem dupla cidadania (israelense e brasileira), já que seu pai nasceu em São Paulo. Especialista em computadores, Natan Glakovitz mora há 20 anos no kibutz Bror-Hail, onde há muitos habitantes ligados ao Brasil.
Ele contou que Dana estava chegando em sua casa, na comunidade agrícola de Netiv Haasara, quando o Hamas lançou mísseis contra o local. "O quarto míssil atingiu diretamente a cabeça da minha filha, e ela morreu imediatamente", disse ele. O pai também contou que Dana falava português fluentemente. "Eu sempre falei com ela em português." Ele também afirmou que ela tinha planos de visitar o Brasil em breve.
Diante da reescalada da violência, o Exército de Israel reforçou a presença militar na divisa com o território palestino de Gaza. O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, convocou generais para uma reunião. A violência segue a cinco meses de relativa calma, após o acordo de trégua firmado no Egito, em fevereiro.
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