Londres Os advogados do milionário egípcio Mohamed Al-Fayed pediram ontem a implicação da rainha Elizabeth II na investigação sobre a morte da princesa Diana de Gales. Em audiência no Tribunal Superior de Londres, Michael Mansfield, advogado de Al-Fayed, pediu que a rainha seja "diretamente contatada" em relação às supostas conversas que manteve com Paul Burrell, ex-mordomo de Diana.
Burrell chegou a declarar, durante o julgamento por suposto roubo à Família Real, em 2002, que a monarca o advertiu uma vez sobre "os poderes fáticos neste país dos quais não temos conhecimento".
O advogado, cujo cliente é o pai de Dodi al-Fayed, namorado de Lady Di, morto junto a ela em um acidente de trânsito em 31 de agosto do 1997, em Paris, argumentou que as referências a estes diálogos foram alteradas em documentos policiais.
"Ninguém parece ter entrado em contato com Vossa Majestade para falar sobre o conteúdo das conversas. Reparamos, durante o fim de semana, que estas conversas com Vossa Majestade foram editadas na versão dos depoimentos da Operação Paget", que investiga a morte de Lady Di, segundo o advogado.
A juíza instrutora do caso, Elizabeth Butler-Sloss, disse que os diálogos foram editados seguindo um pedido dela. A magistrada chegou a recriminar o advogado por querer levar a rainha ao banco dos réus.