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Ministério da Justiça da Bolívia anunciou na semana passada que Morales está sendo investigado por estupro de vulnerável e tráfico de pessoas
Ministério da Justiça da Bolívia anunciou na semana passada que Morales está sendo investigado por estupro de vulnerável e tráfico de pessoas| Foto: EFE/Jorge Abrego

A polícia nacional da Bolívia anunciou nesta sexta-feira (11) que prendeu o pai da mulher que acusa o ex-presidente Evo Morales (2006-2019) de tê-la estuprado quando era adolescente.

Segundo informações do jornal El Deber, o Ministério Público informou que entre 2014 e 2015, Morales criou uma “guarda juvenil”, “formada por pessoas de 14 e 15 anos, denominadas ‘Geração Evo’”.

Os pais da jovem que acusa o ex-presidente a teriam inscrito nessa guarda juvenil “com o único propósito de poder ascender politicamente e obter benefícios para ‘lucrar’, ou seja, conseguir o que queriam em troca da filha mais nova”.

Ainda segundo a promotoria, os pais teriam obtido dessa forma “todo tipo de benefícios, viagens, [até] cargos públicos”, e Morales chegou a instruir que a mãe da jovem fosse candidata à Assembleia Legislativa Departamental de Tarija pelo seu partido, Movimento ao Socialismo (MAS).

A candidatura teria sido barrada devido a antecedentes criminais, e a mãe foi nomeada diretora de uma unidade do governo regional do Gran Chaco. A defesa dos pais da jovem não se pronunciou sobre as acusações da promotoria.

Na semana passada, o ministro da Justiça da Bolívia, Cesar Siles, anunciou que Morales está sendo investigado por estupro de vulnerável e tráfico de pessoas.

Ele disse que o ex-presidente é suspeito de ter estuprado uma adolescente de 15 anos em 2016. A vítima engravidou e a criança teve o nome de Morales registrado como pai na sua certidão de nascimento, afirmou Siles.

O ex-presidente se diz vítima de perseguição judicial, orquestrada pelo atual presidente da Bolívia, Luis Arce, e afirma que o caso já foi investigado e arquivado em 2020.

Morales deveria prestar depoimento na quinta-feira em Tarija, mas sua defesa apresentou uma petição alegando que existe uma decisão constitucional que ordena que o caso tramite em Cochabamba, onde o ex-presidente vive.

O Ministério Público de Tarija disse que vai pedir uma ordem de condução coercitiva para que Morales preste depoimento.

Na terça-feira (8), integrantes do grupo do ex-presidente dentro do MAS anunciaram que uma mulher que diz ter sido vítima de assédio e abuso de poder por parte de Arce apresentou denúncia contra o atual mandatário da Bolívia.

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