
Coreia do Norte ameaçou ontem os Estados Unidos e a Coreia do Sul com "resposta nuclear" aos exercícios militares entre os dois países, marcados para começar hoje. Pyongyang vê a atitude como uma ameaça de invasão.
"O Exército e o povo da Coreia do Norte neutralizarão legitimamente, com a sua potente dissuasão nuclear, os exercícios de guerra nuclear que são realizados pelos EUA e pelos fantoches da Coreia do Sul", afirmou a agência oficial norte-coreana KCNA, citando a Comissão de Defesa Nacional, chefiada pelo número um do regime comunista, Kim Jong-Il.
"Quanto mais desesperado os imperialistas dos EUA apontarem suas armas nucleares para nós, e mais zelosamente seus lacaios os seguirem, mais rapidamente a dissuasão nuclear [do Norte] será reforçada, no sentido de autodefesa e mais remota será a desnuclearização da península coreana", completou.
Ontem, a Coreia do Norte disse que começaria uma "guerra sagrada" contra os EUA e a Coreia do Sul "em qualquer momento que fosse necessário".
"Não estamos interessados em uma guerra de palavras com a Coreia do Norte. O que precisamos da Coreia do Norte é menos palavras provocativas e mais ação construtiva", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, P.J. Crowley, quando questionado sobre o comentário norte-coreano.
A partir de hoje, Coreia do Sul e Estados Unidos farão quatro dias de manobras navais e aéreas conjuntas, que servirão de alerta à Coreia do Norte.
No Fórum de Segurança da Ásia, realizado em Hanói, o porta-voz da delegação norte-coreana, Ri Tong Il, criticou os exercícios militares como uma violação da soberania de Pyongyang e disse que levava a região de volta à política de "diplomacia naval armada" do século 19.
"Os exercícios serão outra expressão de hostilidade contra a Coreia do Norte. Haverá resposta física contra a ameaça imposta militarmente pelos EUA", disse Ri a repórteres.
EUA podem usar Moraes no banco dos réus como símbolo global contra censura
Ucrânia, Congo e Líbano: Brasil tem tropas treinadas para missões de paz, mas falta decisão política
Trump repete a propaganda de Putin sobre a Ucrânia
Quem é Alexandr Wang, filho de imigrantes chineses que quer ajudar os EUA a vencer a guerra da IA