Em meio a uma crescente onda de violência, o premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, ordenou neste domingo (11) que seja realizada uma ampla operação de captura de terroristas no norte no oeste do país.
Enquanto isso, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 10 milhões em troca de informações "que ajudem as autoridades a matar ou capturar" terroristas no país.
No sábado (10), durante as comemorações pelo fim do Ramadã (o mês sagrado dos muçulmanos), uma série de carros-bomba deixou mais de 68 pessoas mortas, principalmente xiitas. Hoje, novos episódios de violência já mataram mais sete.
Em comunicado, os EUA condenaram os ataques e afirmaram que os responsáveis são "inimigos do Islã e um inimigo comum dos EUA, do Iraque e da comunidade internacional".
Os EUA declararam ainda que irão trabalhar em estreita colaboração com o governo iraquiano para enfrentar a rede terrorista Al Qaeda, que é sunita, e discutir o tema durante a viagem do ministro das Relações Exteriores, Hoshiyar Zebari, na próxima semana, a Washington.
Conforme a TV iraquiana, Maliki já deu ordens aos chefes das forças de segurança nas províncias de Al Anbar (no oeste) e Nínive (no norte) para lançar a caçada.
O atual pico de violência faz reacenderem os medos de que o Iraque caia em uma guerra sectária entre xiitas e sunitas similar à de 2006/07, que deixou milhares de mortos. O conflito na Síria agrava o problema, já que o ditador Bashar al-Assad é alauíta (uma facção do islã xiita), e os rebeldes que lutam há mais de dois anos pela deposição dele são da maioria sunita.
O presidente curdo do Iraque, Masoud Barzani, já disse estar disposto a "fazer uso de todos os seus recursos" para proteger curdos ameaçados.