Os pais de Madeleine McCann, a menina britânica de 4 anos que desapareceu em 3 de maio, em Portugal, voltarão no próximo mês para a Inglaterra, após terem permanecido no Algarve desde o sumiço da filha.
Gerry e Kate McCann não quiseram sair da Praia da Luz, localidade onde passavam alguns dias de férias quando Madeleine desapareceu do quarto onde dormia junto com seus irmãos gêmeos, enquanto os pais jantavam em um restaurante próximo.
Alguns jornais britânicos atribuem a decisão dos McCann de voltar ao condado inglês de Leicestershire, onde moram, ao fato de que os recursos financeiros do casal para continuar em Portugal estão acabando.
Os pais da menina não quiseram custear suas despesas diárias com o dinheiro do fundo criado para a campanha de busca a Madeleine, que já tem quase R$ 4 milhões em doações, segundo a imprensa britânica.
Em vez de recorrer a esse dinheiro, Kate e Gerry ficaram em uma casa alugada com base em economias familiares, já que ambos estão de licença sem pagamento pelo Serviço Nacional de Saúde britânico, onde ambos trabalham.
Além disso, segundo o dominical "Sunday Mirror", o casal quer que seus outros dois filhos pequenos, Sean e Amélie, de 2 anos, voltem a ter uma vida normal na Inglaterra.
Segundo uma fonte próxima a Kate McCann citada pelo jornal, a mãe da menina não quer voltar para o antigo trabalho e pretende participar de uma organização que investiga o desaparecimento de crianças.
Investigações
A Polícia Judiciária de Portugal voltará a ouvir várias testemunhas do caso Maddie na próxima semana para esclarecer situações, segundo informações do Diário de Notícias deste sábado (18).
Segundo apurou o DN, uma dessas testemunhas é a britânica Pamela Fenn, de 70 anos, que vive sozinha num apartamento acima daquele de onde Madeleine McCann desapareceu, no The Ocean Club, na Praia da Luz, onde passava férias com a família. De acordo com informações do jornal, Pamela teria contado para amigos que teria ouvido entre 22h30 e 23h45 uma criança gritar aflitamente "Daddy, daddy" (Papai, papai) do apartamento do andar inferior. Nessa altura, o casal McCann estaria jantando num restaurante junto à igreja da Praia da Luz. Procurada pela reportagem do DN, Pamela limitou-se a dizer que não fala com jornalistas.
De acordo com a sobrinha de Pamela, três semanas antes do desaparecimento de Madeleine, Pamela Fenn fora alvo de uma tentativa de assalto em sua casa por um homem que mais tarde identificou como tendo as características do retrato-falado do suspeito de rapto de Maddie. A jovem ainda afirmou à polícia que um homem estava rondando os apartamentos do hotelno período em que ela passava férias com a tia.
Pamela Fenn será ouvida na segunda-feira (20), no Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ. O diretor nacional adjunto da PJ e responsável pela Directoria de Faro, Guilhermino Encarnação, confirmou ao DN estarem previstas "outras diligências" na próxima semana, altura em que "podem acontecer" novas intimações. Sangue não seria de Madeleine
Os rastros de sangue achados no apartamento onde desapareceu Madeleine não seriam da menina, informou, nesta quinta-feira (16), reportagem do jornal britânico "The Times", que teria tido acesso aos resultados dos testes dos legistas.
Os testes foram feitos em minúsculos restos de sangue encontrados no apartamento onde o casal McCann estava hospedado, com seus três filhos. Durante duas semanas, a imprensa especulou a possibilidade de que "Maddie" poderia ter morrido no local.
Os detetives encarregados de investigar o caso admitiram no sábado, pela primeira vez, que a menina poderia ter morrido na noite de seu desaparecimento. Com a revelação de que o sangue não é de Madeleine, renova-se a esperança de que a garota esteja viva.
As análises dos legistas revelariam que o sangue achado é provavelmente de um homem do nordeste da Europa, segundo o jornal.
Após o desaparecimento da menina, surgiu a informação de que um outro inquilino se feriu dentro do apartamento. Isso poderia explicar os restos de sangue, diz a imprensa.