O físico teórico britânico Peter Higgs e o belga François Englert, pais do chamado Bóson de Higgs, e o Centro Europeu de Física de Partículas (CERN) ganharam nesta quarta-feira (27) o Prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica.
Englert (junto ao físico belga Robert Brout, falecido em 2011) e Higgs previram em 1964, ao mesmo tempo e de maneira independente, a existência do bóson.
Quase cinquenta anos depois, o CERN anunciou em julho do ano passado a confirmação experimental da existência da partícula.
"O descobrimento do Bóson de Higgs constitui um exemplo emblemático de como a Europa liderou um esforço coletivo para resolver um dos enigmas mais profundos da física", disse o júri ao anunciar sua decisão na cidade de Oviedo, na Espanha.
O júri ressaltou que "os trabalhos pioneiros" de Higgs e de Englert e Brout estabeleceram a base teórica da existência do Bóson de Higgs, a partícula que "completa o modelo padrão (da física), que descreve os componentes fundamentais da natureza, e é responsável que certas partículas elementares possuam massa".
O juri classificou de "marco histórico" para toda a comunidade científica o fato da partícula ter sido identificada no ano passado pelos detectores ATLAS e CMS, do grande acelerador de partículas LHC do CERN, situado na cidade suíça de Genebra.
Este é o quarto dos oito prêmios concedidos anualmente pela Fundação Príncipe das Astúrias que já foi anunciado. O de Artes foi vencido pelo cineasta austríaco Michael Haneke; de Ciências Sociais pela socióloga holandesa Saskia Sassen; e o de Comunicação e Humanidades pela fotógrafa americano Annie Leibovitz.