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Polícia diz que há novos elementos sobre o caso

Lisboa – O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, Alípio Ribeiro, anunciou ontem que surgiram "novos elementos na investigação" do caso do desaparecimento da menina britânica Madeleine McCaan, ocorrido há mais de três meses. Em declarações à agência oficial Lusa, Ribeiro disse que o caso "está longe de ser esclarecido". Esta foi a primeira vez que a maior autoridade da PJ falou publicamente sobre o assunto.

Ribeiro afirmou que "houve uma evolução na investigação", mas que "ainda não está muito claro em que sentido" o processo se desenvolverá.

A continua procurando pistas que levem a um homem britânico, de aparentemente 40 anos e 1,70 metros de altura, que poderia estar envolvido no desaparecimento de Madeleine. O indivíduo foi visto com alguma coisa "enrolada no ombro" a pouca distância da praia e numa área rochosa, onde poderia ter se livrado do corpo da menina, suspeitas que levaram as autoridades a pedir a colaboração de um especialista em correntes marítimas da Universidade do Algarve.

A imprensa afirmou que a PJ convocará um cidadão britânico para prestar depoimento nos próximos dias. O homem passou suas férias na localidade de Praia da Luz, no mesmo período em que os McCann, e ajudou a Polícia na busca por Madeleine.

Lisboa – Os pais da menina britânica Madeleine McCann, desaparecida na região portuguesa do Algarve, pediram que a Polícia Judiciária portuguesa mostrem as provas que atestam a morte de sua filha em 3 de maio. Em entrevista a várias televisões portuguesas, Gerry e Kate McCann disseram que esperavam que a investigação seja rápida, para que as dúvidas sejam eliminadas.

Sobre as informações da imprensa portuguesa acerca da possível morte de Madeleine na mesma noite em que foi dada por desaparecida no apartamento no qual passava as férias, o casal considerou que "até agora, tudo parece especulação" e que isso está fazendo muito mal a eles.

Em relação às supostas dúvidas da Polícia Judiciária sobre o que aconteceu nas horas antes de denunciarem o desaparecimento da menina, Gerry disse que não acredita que algum dos amigos do casal esteja envolvido neste caso, e que têm "absoluta confiança" neles.

Ponto inicial

Na entrevista, realizada na casa onde estão desde que saíram há algumas semanas do complexo turístico onde sua filha desapareceu, o casal reconheceu que as investigações voltaram ao ponto de partida, mas disseram que isso não é necessariamente negativo e supõem revisar todos os cenários possíveis.

Em uma antecipação da entrevista que será publicada hoje no semanário luso "Expresso", que apareceu ontem no site da publicação, os McCaan consideram ridículas as suspeitas de seu envolvimento na possível morte da filha, e dizem que a polícia não lhes deu nenhuma indicação nesse sentido.

"Pensar que matamos nossa filha? É ridículo (...). É extremamente perturbador sugerir que nossa filha está morta e que a polícia tem provas do crime, e, além de tudo, sugerir que nós fizemos isso", disse Gerry McCaan.

Afirmaram que eles não queriam protagonismo e que tiveram que contratar assessores de imprensa para lidar com as centenas de jornalistas que se interessaram pelo caso. O casal afirmou que não sabem como lidar com os jornalistas e que os assessores são a "única maneira" de se proteger, e deram como exemplo o ocorrido nesta semana, na qual a imprensa está "fora de controle", em referência às notícias que os apontavam como suspeitos.

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