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O Líbano formou neste sábado (15) um novo governo de coalizão, após dez meses de impasse. O grupo incluirá pela primeira vez em três anos aliados do ex-primeiro-ministro Saad Hariri e do movimento radical xiita Hizbullah.

O nome de Tamam Salam para chefiar o governo já estava definido desde abril do ano passado, mas havia divisão entre os partidos da coalizão para ocupar os 24 ministérios. Parte dessa divergência se devia às relações das agremiações com a crise na vizinha Síria.

Grupos sunitas, em especial ligados a Hariri, criticavam o Hizbullah pelo envio de combatentes para lutar junto com o regime do ditador Bashar al-Assad. Após dez meses, ambos os grupos concordaram com o reparto de ministérios, em que cada um ficará com oito.

Os oito ministros restantes são figuras ligadas ao presidente Michel Sleiman, considerado neutro, ou ao dirigente druso Walid Jumblat, considerado centrista. Desta forma, nenhum dos dois grupos adversários terá direito a veto sobre as decisões do governo.

Em discurso rápido, o novo primeiro-ministro defendeu a unidade nacional do governo. "É a melhor fórmula que permite ao Líbano enfrentar os desafios livre das restrições do sectarismo religioso", afirmou Tamman Salam.

O impasse foi destravado em janeiro, quando Hariri aceitou a participação de ministros do Hizbullah em um novo governo. A participação dos xiitas é um avanço na posição do ex-primeiro-ministro, que culpa a entidade pela morte de seu pai, Rafik Hariri, em 2005.

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