Kate e Gerry McCann se recusam a contar aos seus outros filhos - os gêmeos Sean e Amelie - que Madeleine, a irmã deles desaparecida desde 3 de maio, pode estar morta.
"Quando Madeleine desapareceu nós contamos que ela tinha ido fazer uma pequena viagem", contou Gerry, conforme publicou nesta quarta-feira o jornal "Daily Mail". "Agora nós dizemos a eles (os gêmeos) que ela não está aqui no momento", acrescentou.
Entretanto, Gerry nega que esteja tentando esconder das crianças a verdade sobre Maddie:
"Nós conversamos sobre Madeleine com os gêmeos todo o tempo. Não é um assunto proibido. Nós respondemos as perguntas dos gêmeos. Eles estão cercados de todos os brinquedos, os pertences e as fotos dela. Não há qualquer tentativa barrar Madeleine da memória deles".
Embora considerem a possibilidade de Madeleine estar morta, Kate e Gerry afirmam se agarrar à esperança de que a menina esteja viva, e que não vão descansar até descobrir o que realmente aconteceu.
O casal foi formalmente considerado, pela polícia portuguesa, suspeito do desaparecimento da menina britânica de 4 anos, que estava com a família passando férias na região do Algarve, em Portugal. Madeleine supostamente sumiu quando Kate e Gerry a deixaram no quarto do hotel, juntamente com os irmãos, para sair com amigos que também estavam no balneário lusitano.
Entretanto, em entrevista publicada no "Daily Mail", os advogados de Kate e Gerry disseram ter em mãos um dossiê que desmorona o processo que investigadores portugueses estão construindo contra o casal. O novo porta-voz da família, Clarence Mitchell, pediu o fim de "especulações infundadas" e afirmou que o casal McCann é "vítima inocente de um crime hediondo".
Na semana passada, o jornal "Evening Standard", de Londres, afirmou, citando fontes policiais, que as autoridades portuguesas encontraram uma quantidade considerável de cabelos de Madeleine no porta-malas do carro alugado por seus pais, quase um mês depois do sumiço da criança. Segundo o vespertino, os investigadores estão convencidos de que os fios de cabelo provam que o corpo da menina foi colocado no porta-malas.
De acordo com a imprensa britânica, as análises realizadas por um laboratório de Birmingham sobre um suposto rastro de sangue encontrado no automóvel alugado indicaram que o DNA é mesmo da menina desaparecida.
Dias depois, um jornal francês disse ter uma análise dos fluidos corporais achados no veículo apontou que a menina pode ter morrido de overdose por causa da ingestão de grande quantidade de calmantes.
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