Tóquio - O governo japonês pediu ao mundo que não imponha restrições injustificáveis às importações de seus produtos alimentícios, um dia antes da chegada ao país do presidente da França, Nicolas Sarkozy, o primeiro líder estrangeiro a visitar o Japão desde o terremoto e tsunami que danificaram uma usina nuclear, provocando a pior crise nuclear mundial desde Chernobyl, em 1986.

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Em um comunicado à Orga­­nização Mundial do Comér­­cio (OMC), o Japão informou estar monitorando a contaminação radioativa para evitar um potencial risco à segurança dos alimentos e disse que iria fornecer à entidade dados precisos, com rapidez. "Em troca, o Japão pediu aos países membros que não reajam de modo exagerado à situação", disse um funcionário da OMC.

Vários países proibiram a compra de leite e outros produtos de áreas próximas à usina nuclear de Fukushima, situada 240 quilômetros ao norte de Tóquio, por causa do medo de contaminação.

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O próprio Japão interrompeu a exportação de vegetais e leite de regiões próximas à usina, da qual está vazando radiação atômica.

Danos à economia

Embora os alimentos perfaçam menos de 1% das exportações japonesas, o caso representa um sério risco para uma economia já sobrecarregada por uma imensa dívida pública, uma população em processo de envelhecimento e uma enorme conta para a reconstrução após o desastre natural, possivelmente chegando a US$ 300 bilhões.

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