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Tragédia

Pais vão à Suíça para identificar vítimas de acidente de ônibus

Familiares de crianças que estavam no ônibus acidentado embarcam para identificar os corpos | Sebastien Bozon/AFP Photo
Familiares de crianças que estavam no ônibus acidentado embarcam para identificar os corpos (Foto: Sebastien Bozon/AFP Photo)
O primeiro-ministro da Bélgica, Elio Di Rupo, e a presidente da Suíça, Eveline Widmer-Schlumpf, durante entrevista sobre o acidente, nesta terça-feira (13) |

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O primeiro-ministro da Bélgica, Elio Di Rupo, e a presidente da Suíça, Eveline Widmer-Schlumpf, durante entrevista sobre o acidente, nesta terça-feira (13)

Mulher põe flores no local do acidente na Suíça |

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Mulher põe flores no local do acidente na Suíça

Desesperados, os pais das crianças que sofreram um acidente de ônibus na Suíça viajaram da Bélgica para aquele país na quarta-feira (14). O desastre aconteceu em um túnel, quando os estudantes voltavam de uma viagem para esquiar. Morreram 22 crianças e seis adultos. Alguns dos pais, reunidos em escolas primárias da Bélgica antes de embarcar em uma aeronave militar, não sabiam se seus filhos tinham morrido ou não. "Não há notícia, simplesmente nenhuma notícia", disse um pai, com os olhos vermelhos.

O ônibus levava 52 pessoas, em sua maioria crianças de cerca de 12 anos, quando bateu no túnel no cantão de Valais, na Suíça, às 21h15 no horário local. Vinte e oito pessoas morreram. Dos 24 feridos, três estavam em coma. A maior parte dos estudantes era das cidades de Lommel e Heverlee, da região de Flandres, onde se fala alemão. Uma fotografia da polícia mostrou o ônibus batido contra a lateral de um túnel, com a frente aberta, os vidros quebrados, os destroços jogados pela estrada e as equipes de resgate subindo pelas janelas laterais. Mais tarde, ele foi rebocado. A polícia foi alertada para o acidente pelas imagens das câmeras de monitoramento do túnel.

"Dá arrepios na espinha. Testemunhar um drama como esse envolvendo crianças me deixa sem voz", disse o porta-voz da polícia Jean-Marie Bornet à televisão suíça. As crianças do colégio St Lambertus, em Heverlee, um subúrbio de Leuven, foram informadas sobre o acidente em uma assembleia antes das aulas. Foram colocadas flores do lado de fora da escola católica, que ainda tem oito crianças desaparecidas. "Os oito casais de pais só podem sentar e esperar, eles não sabem. Estou sofrendo, tenho lágrimas por dentro", disse à Reuters o padre Dirk De Gendt, que integra o conselho da escola. Um professor da St Lambertus morreu, assim como os dois motoristas do ônibus e outros três adultos. Os professores cobriram os portões da escola com desenhos dos alunos - muitos arco-íris, flores e referências ao "sr. Frank", o professor do 6o ano que morreu. "Espero que acordemos em breve e que acabe esse pesadelo", escreveu um aluno. O ônibus não tinha andado muito depois de sair do resort e havia percorrido apenas 2 quilômetros na rodovia em direção à cidade suíça de Sierre quando atingiu a curva e entrou na lateral de emergência do túnel. Aparentemente, nenhum outro veículo se envolveu no acidente. O primeiro terço do ônibus foi totalmente destruído. Muitas crianças ficaram presas nos destroços e tiveram de ser removidas, disse a polícia. Cerca de 200 policiais, bombeiros e médicos trabalharam a noite inteira no local. Doze ambulâncias e oito helicópteros levaram os feridos para o hospital.

"A ajuda chegou bem rápido", disse o motorista belga Eric van Maldarin, que estava no túnel no momento do acidente e ajudou a retirar do ônibus as crianças feridas. "As primeiras crianças que saíram não estavam muito machucadas, mas as outras sim", disse ele à Reuters. "É um dia negro para toda a Bélgica", disse o primeiro-ministro da Bélgica, Elio Di Rupo, visivelmente comovido, em uma entrevista coletiva. Depois, viajou para Genebra e foi levado de helicóptero ao local do acidente. A Bélgica planeja declarar um dia nacional de luto. Os parlamentares suíços fizeram um minuto de silêncio.

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