Os representantes dos países africanos voltaram às negociações sobre as mudanças climáticas no final desta tarde, após terem obtido garantias de que o encontro promovido pelas Nações Unidas terá um foco mais forte no futuro do Protocolo de Kyoto, confirmaram delegados europeus e africanos.

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O protesto - apoiado pelo G-77, grupo dos países em desenvolvimento, além das grandes economias emergentes como Brasil, Índia e China - paralisou os trabalhos nas sessões negociadoras hoje.

As nações africanas se recusaram a tomar parte numa série de grupos de trabalho, a não ser que fosse dada prioridade ao Protocolo de Kyoto na segunda sessão do dia, ao invés de discussões mais amplas sobre uma "visão de longo termo" para ação cooperativa sobre a mudança climática. O Protocolo de Kyoto compromete os países ricos - mas não os países em desenvolvimento -, uma vez que os pressionam a maiores cortes nas emissões.

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O Protocolo de Kyoto não incluiu os Estados Unidos, que afirmam que o tratado é injusto, já que as metas não se aplicam aos gigantes em desenvolvimento, alguns dos quais já são enormes emissores de gases poluentes.

Expectativa de acordo

Os países podem ter encontrado "uma solução razoável" para o impasse que tomou conta da cúpula no sétimo dia de negociações, disse hoje o ministro do Meio Ambiente da Suécia, Andreas Carlgren.

O comissário europeu do Meio Ambiente, Stavros Dimas, explicou que as consultas começaram envolvendo todos os países sobre os cortes a longo prazo das emissões de gases poluentes, financiamento a longo prazo e algumas outras questões.

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