Os ministros árabes de Relações Exteriores concordaram neste sábado em revisar suas posturas sobre o "paralisado processo de paz" entre israelenses e palestinos, por conta da ofensiva militar de Israel contra a Faixa de Gaza.

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Em reunião extraordinária, os chefes das diplomacias árabes pediram ao chamado comitê de iniciativa de paz árabe que reavalie todas as propostas que surgiram, até o momento, para solucionar o conflito com Israel.

Além disso, os ministros se comprometeram em revisar o trabalho do Quarteto de mediadores internacionais (integrado pelos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia e a ONU), que foi criticado pela "incapacidade de conseguir qualquer avanço rumo à paz global".

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Os ministros árabes aprovaram um projeto de resolução no qual apostam na criação de novos mecanismos legais para "pôr fim à ocupação israelense da Palestina e o resto de territórios árabes".

Além disso, expressaram "indignação total pelo fracasso do Conselho de Segurança da ONU" na hora de tomar medidas que fizessem cessar os ataques israelenses e proteger à população palestina, e exigiram que os responsáveis israelenses dessa ofensiva "sejam castigados por terem cometido crimes de guerra e contra a humanidade".

Sobre estas questões, o comitê de iniciativa de paz árabe deverá apresentar um relatório aos titulares das Relações Exteriores, que analisarão o documento antes de convocar uma cúpula árabe para tratar do assunto.

Os países árabes também concordaram com o envio de ajuda urgente à Gaza e a formação de um comitê ministerial para visitar a Faixa e manifestar sua solidariedade com os palestinos.

O projeto de resolução pede também que todos os países árabes cessem qualquer forma de normalização com Israel, que é responsabilizado por eles pelos danos humanos e materiais aos palestinos.

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Além disso, os ministros solicitaram a reconciliação das distintas facções palestinas e respaldaram a Autoridade Nacional Palestina em sua decisão de recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas para obter o reconhecimento como Estado observador enquanto não haja um reconhecimento pleno do Estado palestino.

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