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Faixa de Gaza

Países condenam Israel por ataque a frota humanitária

A União Europeia pediu uma investigação abrangente sobre o ataque de Israel, na madrugada de hoje, contra um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. O ataque deixou mais de dez mortos. Antes da partida dos barcos, os organizadores da flotilha haviam informado que vários parlamentares europeus integrariam a frota humanitária, mas não está claro se algum desses políticos está entre as vítimas.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia divulgou um comunicado hoje acusando Israel de violar a lei internacional e descrevendo as ações do país como "inaceitáveis". A Turquia exigiu uma explicação para o ataque israelense e anunciou que estava retirando seu embaixador de Tel-Aviv. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu os cidadãos locais para não ir à Turquia, temendo retaliações.

O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, disse estar "profundamente chocado pelas consequências trágicas da operação militar de Israel", realizada contra "uma iniciativa humanitária". Em comunicado, Kouchner afirmou que "nada poderia justificar o uso de tal violência, que nós condenamos". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, condenou o uso da força "desproporcional" por Israel.

O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, condenou a perda de vidas e afirmou que esse incidente mostrou que há "uma clara necessidade de que Israel haja com comedimento".

Por meio do diplomata paquistanês Marghoob Saleem Butt, a Organização da Conferência Islâmica, que representa países islâmicos, condenou a ação israelense. A Arábia Saudita qualificou o incidente como "uma violação muito séria da lei internacional". O Egito convocou o embaixador israelense para pedir explicações. A Jordânia e a Espanha também condenaram a ação dos militares israelenses.

Defesa

Israel defendeu sua ação, argumentando que ativistas armados atacaram soldados israelenses enquanto eles eram levados de helicóptero para o convés de um navio. O Exército de Israel afirmou que a arma de um de seus soldados foi tomada e usada para atacar os próprios militares do país. A frota levava dez mil toneladas de ajuda humanitária e, segundo os israelenses, não acatou o bloqueio imposto à Faixa de Gaza por Israel.

Ainda segundo o Exército israelense, ficaram feridos pelo menos 12 ativistas e 10 militares israelenses. A emissora de TV israelense Channel 10 citou 19 passageiros mortos e 36 feridos. Um porta-voz militar israelense disse que não estava claro quem havia disparado primeiro.

Netanyahu tem nesta semana um encontro marcado com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington. A rádio Israel informou que Netanyahu deve encurtar sua visita oficial para o Canadá e EUA, por causa da crise.

Protestos

Israel reforçou a segurança no país hoje temendo protestos de palestinos e mais distúrbios. Em Istambul, pelo menos dez mil pessoas protestavam contra a ação israelense. Os manifestantes na maior cidade turca gritavam pedindo "vingança" contra Israel. As informações são da Dow Jones.

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