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Os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) manifestaram à ONU sua rejeição ao fato de um "governo ilegítimo" no poder em Trípoli ocupar o assento da Líbia na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, em uma carta a seu presidente.

"O assento correspondente à Líbia nas Nações Unidas não deve ser ocupado por uma facção ou governo transitório ilegítimo imposto por uma intervenção externa", indica a carta assinada pelo embaixador permanente da Venezuela na ONU, Jorge Valero, e da qual a AFP obteve uma cópia, citando a posição expressa pelos chanceleres da Alba.

Na carta dirigida ao presidente da 66ª Assembleia Geral da ONU, o catariano Nasser Abdulaziz Al-Nasser, e que tem data de 13 de setembro, os países da Alba pediram um "debate profundo" sobre o tema no Comitê de Credenciais da reunião que se iniciará na semana que vem em Nova York.

O objetivo desse debate é "impedir a ocupação do assento líbio até que se estabeleça um governo legítimo, sem intervenção estrangeira, um governo que reflita o desejo livre e soberano do povo líbio", completa.

Os países que integram a Alba são Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas.

Diferentemente das potências ocidentais, países do bloco como Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela não reconhecem o Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão de poder que os rebeldes estabeleceram na Líbia ante o regime de Muamar Kadafi, cujo paradeiro é atualmente desconhecido.

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