Países que são membros da União Europeia (UE) alcançaram nesta quarta-feira (4) um acordo para reformar suas leis de resposta aos grandes aumentos no número de imigração irregular. O acordo foi alcançado em meio ao aumento acentuado no número da imigração ilegal na ilha italiana de Lampedusa e após semanas de negociações sobre um novo mecanismo de crise da UE.
De acordo com o novo plano, os países europeus que estão enfrentando atualmente crises migratórias podem solicitar as "contribuições de solidariedade" de outros países do bloco.
Com isso, eles poderiam realocar pessoas que estão em busca de asilo em seus territórios para esses países europeus, que assumiriam a responsabilidade pelo processamento dos pedidos de asilo dessas pessoas e forneceria também assistência financeira para elas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o acordo, classificando-o como um "verdadeiro ponto de virada". Von der Leyen afirmou que ele permite que as discussões sobre o tema avançassem no Parlamento Europeu, com o objetivo de garantir um pacto migratório a tempo das eleições parlamentares europeias que serão realizadas em junho de 2024.
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, chamou o acordo de um "ponto de virada histórico". A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, alertou que os estados do Mediterrâneo atualmente estão enfrentando “dificuldades com os números elevados” da imigração ilegal.
A pressão por um acordo entre os países do bloco europeu vinha aumentando devido ao forte aumento no número de refugiados e imigrantes que estão cruzando o Mediterrâneo em direção à Europa este ano.
Quase 190 mil pessoas chegaram às costas do sul da Europa, incluindo 133 mil na Itália. Estima-se que cerca de 2,5 mil migrantes morreram na tentativa de chegar ao continente europeu.
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