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Pequim – A Coréia do Norte reafirmou ontem seu direito de construir armas nucleares e apresentou exigências múltiplas para se desarmar, enquanto que os EUA advertiram que estão perdendo a paciência com o regime comunista, em um desfavorável início de negociações multilaterais depois de uma suspensão de um ano.

Nas primeiras conversações entre as duas Coréias, Japão, EUA, China e Rússia desde o teste nuclear norte-coreano de 9 de outubro, o enviado de Pyongyang, Kim Kye-gwan, exigiu a construção de um reator de água leve para geração de energia – e o envio de ajuda energética até sua construção –, o levantamento de todas as sanções da ONU e das restrições econômicas dos EUA antes de desmantelar seu programa atômico.

A Coréia do Norte disse que se suas exigências não forem aceitas poderá ampliar seu poder de dissuasão nuclear e também pediu que Washington acabe com sua "política de hostilidade".

Os EUA impuseram restrições econômicas à Coréia do Norte há mais de um ano, acusando Pyongyang de estar envolvido em falsificação e lavagem de dinheiro. A decisão americana fez com que a Coréia do Norte abandonasse, em novembro de 2005, a quinta rodada de conversações e voltasse atrás em sua promessa de abandonar seu programa de armas nucleares.

Em resposta à exaustiva lista de exigências, o enviado americano Christopher Hill, advertiu ontem que a paciência de Washington "chegou a seu limite". Ele declarou que chegou o momento para que a Coréia do Norte tome uma decisão e ceda. "O primeiro dia das negociações nunca é o mais fácil. Com uma desnuclearização completa, é possível conseguir muito. Sem desnuclearização, muitas coisas não serão possíveis", afirmou. Hill também disse que nenhuma reunião bilateral com a delegação norte-coreana seria realizada até que ele consulte as outras delegações.

Analistas já esperavam que a Coréia do Norte, que se declarou um Estado nuclear, apresentasse uma posição dura, na esperança de negociar mais benefícios, e advertiram que era pouco provável um acordo rápido.

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