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| Foto: LASZLO BALOGH/REUTERS

Apesar das imagens chocantes dos últimos dias e da crescente pressão popular para que se encontre uma solução para a crise imigratória que atinge a Europa, os Ministros de Relações Exteriores do continente continuam a divergir. Autoridades da Alemanha, França e Itália têm buscado chegar a um acordo, mas os ministros dos países da Europa Central e Oriental continuam resistentes a qualquer proposta que envolva uma redistribuição dos imigrantes.

Na sexta-feira (4), os primeiros-ministros da Hungria, República Checa, Polônia e Eslováquia rejeitaram qualquer cota obrigatória para aceitar imigrantes em um comunicado conjunto. “Qualquer proposta que conduz à introdução de cotas obrigatórias para a solidariedade e medidas permanentes seria inaceitável”, diz a nota.

Multibilionário

O multibilionário egípcio Naguib Sawiris se ofereceu para comprar uma ilha na Grécia ou na Itália destinada a acolher refugiados sírios. “Grécia ou Itália, me vendam uma ilha, declararei sua independência, abrigarei lá imigrantes e proporcionarei trabalho na construção do novo país”, disse pelo Twitter Sawiris, cuja família é proprietária de um balneário no Mar Vermelho. O empresário estipulou que seu plano deverá custar até US$ 100 milhões, além de algum esforço para ultrapassar obstáculos jurídicos.

Os governos tcheco e eslovaco propuseram abrir um corredor ferroviário para os refugiados sírios entre a Hungria e a Alemanha, se Budapeste e Berlim estiverem de acordo.

“Deixaríamos passar todos esses trens sem controle aos imigrantes, só os acompanharíamos com assistência policial”, disse o ministro tcheco do Interior, Milan Chovanec, em entrevista coletiva.

Para Chovanec, a Hungria deverá garantir que os passageiros sejam sírios, destacando a existência de um tráfico de passaporte falsos de cidadãos que fogem da guerra civil na Síria.

Alemanha

O ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, por sua vez, voltou a defender a ideia de redistribuir os imigrantes dos países mais afetados pelos fluxos migratórios e oferecer incentivos para que os refugiados não tentem chegar à Europa. “Se as últimas quatro semanas nos ensinaram alguma coisa, foi que não vamos superar a crise se continuarmos a culpar uns aos outros”, disse

Em uma carta enviada à representante de Política Externa e Segurança da União Europeia, Federica Mogherini, os ministros da Alemanha, França e Itália também propuseram a criação de um sistema de gestão integrada nas fronteiras.

Eles ainda sugeriram reforçar o financiamento para a Turquia, Líbano, Jordânia e Egito, para que suportem a pressão do fluxo de imigrantes sírios, que fogem da violência do grupo jihadista Estado Islâmico, além de ajuda aos países do oeste da África para que repatriem imigrantes que tiveram asilo negado na Europa.

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