Nove países do norte da África, incluindo Líbia, Argélia e Egito, concordaram nesta segunda-feira em trabalhar juntos para proteger suas fronteiras, em um movimento para reprimir os confrontos de milícias e o contrabando de armas na esteira dos levantes da Primavera Árabe.
Sob o Plano de Trípoli, os países adotarão medidas mais fortes, incluindo compartilhamento de inteligência e investimento de mais dinheiro em cidades fronteiriças.
"Apenas segurança não é suficiente para manter nossas fronteiras protegidas", disse o primeiro-ministro líbio, Abdurrahim El-Keib, em uma conferência de ministros do Interior em Trípoli nesta segunda-feira. "Devemos desenvolver e aumentar os recursos das cidades próximas às fronteiras."
Embora boa parte dos pontos do plano ainda precise ser implementada, é a primeira vez que ministros do Interior do norte da África se reúnem para discutir segurança na fronteira desde o início da guerra da Líbia no ano passado.
Repetidos confrontos em zonas de fronteira mal policiadas levaram a questão para a agenda política nos últimos meses.
Africanos que fogem da guerra e da fome em países mais ao sul também têm utilizado as fronteiras para chegar ilegalmente a países da União Europeia, como a Itália e a Grécia. Uma vez deportados da Europa, muitos voltam pelo Mediterrâneo para a Líbia.
Keib disse que os países do norte da África pediram à União Europeia uma assistência na implementação do Plano de Trípoli.
"Nós deixamos claro para a Europa que não seremos um aterro para aqueles que os europeus jogam fora", afirmou Keib a repórteres nesta segunda-feira.
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