O domingo foi sangrento em cidades do Iraque, Curdistão, Paquistão e Nigéria. Centenas morreram em ataques terroristas de motivações diversas, que não têm relação entre si. No Iraque, pelo menos 40 pessoas foram vítimas de um homem-bomba que detonou explosivos dentro de uma mesquita xiita na cidade de Mussayab. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, mas a principal suspeita recai sobre organizações de sunitas que podem ser ligadas à rede terrorista Al Qaeda. A entidade e suas afiliadas estão por trás da maioria das investidas contra os xiitas, que são maioria no país.
Contra a polícia
Em Arbil, capital do Curdistão iraquiano, região autônoma no norte do país, pelo menos seis pessoas morreram em uma série de explosões ao lado de um posto da polícia. A região tem relativa tranquilidade em comparação com o sul, onde sunitas e xiitas se enfrentam.
Segundo a administração local, outras 36 pessoas ficaram feridas no ataque, a maioria delas membros das forças de segurança, que ainda trocaram tiros com os criminosos antes das explosões. O governo curdo ainda afirma que matou cinco homens-bomba antes que atingissem a sede do Ministério do Interior.
Carro-bomba
Pelo menos 37 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas após um carro-bomba explodir ontem em uma zona comercial de Peshawar, no noroeste do Paquistão. Este é o terceiro grande atentado na cidade em uma semana. No total, mais de 130 pessoas morreram nas ações anteriores. Há dois dias, um homem-bomba explodiu em um ônibus que levava funcionários do governo local, matando 18 pessoas. O mais violento ataque aconteceu em uma igreja cristã no último domingo e deixou mais de 80 mortos.
Universidade
Na madrugada de ontem, extremistas islamitas atacaram uma faculdade agrícola na Nigéria, matando dezenas de estudantes, enquanto eles dormiam em seus dormitórios, e incendiando salas de aula, disse Molima Idi Mato, reitor da Faculdade de Agricultura do Estado de Yobe. Pelo menos 50 estudantes foram mortos no ataque que começou por volta de 1 hora (horário local) na área rural de Gujba, afirmou o reitor. "Eles atacaram nossos estudantes enquanto eles estavam dormindo em seus dormitórios, e abriram fogo contra eles", acrescentou.