Uma em cada quatro pessoas no mundo vive em países afetados por conflitos ou pela criminalidade, nos quais a recuperação econômica tardará cerca de 30 anos depois de paz firmada e de segurança pública restaurada. No total, 1,5 bilhão de pessoas. A constatação emergiu no Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011, no qual o Banco Mundial se desviou ligeiramente de seu próprio mandato para buscar uma nova abordagem dos organismos internacionais sobre a prevenção e a solução dos conflitos e a reconstrução das economias e da cidadania.
"Nenhum desses países (conflagrados) conseguiu alcançar um único dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (de redução da pobreza)", concluiu o estudo. "Regiões com repetidos ciclos de violência nos últimos 60 anos mantêm indicadores humanos estancados e crescimento econômico em perigo."
O relatório constatou terem sido relativamente eficientes os esforços dos organismos de Bretton Woods - Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial - para a pacificação e a reconstrução de países envolvidos em guerras entre Estados e guerras civis no século 20.
Entretanto, verificou que, no final do século, esse tipo de conflito diminuiu. No século 21, alertou o documento, novas ameaças surgiram: a criminalidade das gangues e do narcotráfico, os distúrbios civis decorrentes de crises econômicas e o terrorismo.
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