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A cúpula de países ibero-americanos teve início neste sábado na cidade argentina de Mar del Plata com uma discussão sobre educação, mas o debate sobre a crise da economia europeia ocupa um lugar destacado na reunião.

A cúpula de presidentes --que pela primeira vez não terá a presença do chefe de governo espanhol-- convive com um cenário impensável alguns anos atrás: um difícil momento para as economias europeias e uma forte expansão das economias da América Latina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva --em um de seus últimos compromissos internacionais antes de entregar o cargo a sua sucessora, Dilma Rousseff, no dia 1o de janeiro--, criticou os "analistas europeus que sabiam tudo quando a crise era na América Latina e que não sabem nada quando a crise acontece nos países ricos".

Durante a reunião, os chefes de Estado e de governo também conversaram sobre a defesa da democracia na região e a luta contra o crime organizado e contra a mudança do clima.

Dispuseram-se a aprovar uma cláusula para que os países que sofrem uma interrupção em seu sistema democrático sejam automaticamente expulsos da cúpula ibero-americana.

"A democracia é o único meio que gera liberdade para qualquer processo educativo", disse a presidente argentina e anfitriã do evento, Cristina Kirchner.

A cúpula, em que estiveram ausentes os presidentes de Cuba, Venezuela e Bolívia, tem como tema "Educação para a Inclusão Social" e proporá metas educativas para 2021 como instrumento para lutar contra a pobreza na região.

Antes de começar, os presidentes homenagearam o ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, marido de Cristina e morto recentemente.

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, criticou os Estados Unidos pelo conteúdo de diálogos diplomáticas publicados no site WikiLeaks que, disse, desnudaram "a diplomacia imperial, cheia de arrogância", além de "desdém pelo direito internacional, cinismo e hipocrisia".

Os chanceleres da União de Nações Sulamericanas (Unasul) iriam reunir-se para tratar da substituição de Kirchner, que ocupava o cargo de secretário-geral do organismo.

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