Líderes de diversos países muçulmanos defenderam em um comunicado conjunto nesta quarta-feira (13) que Jerusalém Oriental seja reconhecida como capital palestina, uma semana após Donald Trump declarar a cidade como capital de Israel.
"Proclamamos Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina e convidamos todos os países a reconhecer o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada" diz o comunicado da OCI (Organização de Cooperação Islâmica), que reúne diversos países com presença muçulmana.
O grupo tem 57 países associados, entre eles o Irã, a Arábia Saudita e a Jordânia, que já haviam expressado discordância com a posição americana sobre Jerusalém.
A organização se reuniu em Istambul, na Turquia, nesta quarta, exatamente para debater uma resposta conjunta a decisão de Trump, a qual chamou de "nula e sem valor".
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"Condenamos duramente a decisão irresponsável, ilegal e unilateral do presidente dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a suposta capital de Israel", diz o documento, que foi divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores turco.
Para a OCI, a decisão americana "é uma ameaça deliberada contra os esforços de paz, um incentivo ao terrorismo e uma ameaça a paz e segurança internacionais".
O comunicado afirma ainda que a decisão mostra que os Estados Unidos se retiraram de seu papel de mediador das negociações de paz no Oriente Médio, ecoando declarações do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Pouco antes do comunicado final ser publicado, Abbas —que participa do encontro— disse que a decisão de Trump foi o "maior dos crimes" e uma violação flagrante da lei internacional.
"Jerusalém é e sempre será a capital da Palestina", afirmou ele, ao pedir apoio dos colegas para excluir Washington das negociações de paz.
A maior parte da comunidade internacional não reconhece o pleito israelense para que Jerusalém seja reconhecida como sua capital, uma vez que os palestinos também reivindicam seu direito à região oriental da cidade.
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