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Japoneses fazem preces em memorial do 75ª aniversário do ataque a Hiroshima
Japoneses fazem preces em memorial do 75ª aniversário do ataque a Hiroshima| Foto: AFP

Há 75 anos ocorria um dos episódios mais trágicos e marcantes da humanidade. No dia 6 de agosto de 1945, a bomba atômica Little Boy foi lançada sobre Hiroshima, no Japão, por um bombardeiro B-29 norte-americano, o Enola Gay. Três dias depois, o alvo foi Nagasaki. Os ataques culminaram na vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, mas ceifaram milhares de vidas e deixaram feridas abertas na história.

O governo dos Estados Unidos nunca pediu desculpas oficialmente. Em 2016, Barack Obama se tornou o primeiro presidente americano em exercício a visitar Hiroshima, onde prestou homenagem às vítimas e pediu um mundo sem armas nucleares. No ano passado, o papa Francisco também visitou Hiroshima e Nagasaki para expressar sua oposição às armas atômicas, que chamou de “crime”, e criticar a doutrina da dissuasão nuclear, uma “falsa segurança” - segundo o pontífice - que envenena as relações entre os povos.

Há também quem considere que os ataques nucleares contra Hiroshima e Nagasaki sejam crimes de guerra devido à devastação e à quantidade de vítimas civis. Mesmo com as cicatrizes deixadas pelos bombardeios, nações continuam aprimorando seus programas nucleares e, hoje, nove países possuem armas do gênero, segundo informações do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri), sendo que cinco deles são signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

Estados Unidos e Rússia detêm, juntos, mais de 90% desse arsenal, cujo total equivale a 13.400 armas (dado referente a janeiro de 2020). Ambos os países contam com extensos (e caros) programas em andamento a fim de substituir e modernizar suas ogivas nucleares, sistemas de entrega de mísseis, aeronaves e instalações para a produção desse tipo de arma. Confira:

Rússia

Número total de armas: 6.375

Ogivas implantadas (colocadas em mísseis ou localizadas em bases militares com forças operacionais): 1.570

Ano do primeiro teste nuclear: 1949

Signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP): Sim

Estados Unidos

Número total de armas: 5.800

Ogivas implantadas: 1.750

Ano do primeiro teste nuclear: 1945

Signatário do TNP: Sim

China

Número total de armas: 320

Ogivas implantadas: 0

Ano do primeiro teste nuclear: 1964

Signatário do TNP: Sim

França

Número total de armas: 290

Ogivas implantadas: 280

Ano do primeiro teste nuclear: 1960

Signatário do TNP: Sim

Reino Unido

Número total de armas: 215

Ogivas implantadas: 120

Ano do primeiro teste nuclear: 1952

Signatário do TNP: Sim

Paquistão

Número total de armas: 160

Ogivas implantadas: 0

Ano do primeiro teste nuclear: 1998

Signatário do TNP: Não

Índia

Número total de armas: 150

Ogivas implantadas: 0

Ano do primeiro teste nuclear: 1974

Signatário do TNP: Não

Israel

Número total de armas: 90

Ogivas implantadas: 0

Ano do primeiro teste nuclear: informação indisponível oficialmente, mas em 2019 a revista norte-americana Foreign Policy alegou que Israel teria realizado um teste nuclear secreto em 1979, acobertado pelos EUA

Signatário do TNP: Não

Coreia do Norte

Número total de armas: 30-40

Ogivas implantadas: 0

Ano do primeiro teste nuclear: 2006

Signatário do TNP: Não

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