O Japão e outros vários países ricos reiteraram as promessas de doar 30 bilhões de dólares entre 2010 e 2012 para ajudar as nações pobres a combater as mudanças climáticas, apesar dos cortes de orçamento, indicou uma pesquisa da Reuters nesta quarta-feira.
A assistência climática totalizou 16,2 bilhões de dólares desde janeiro de 2010, de acordo com as declarações apresentadas à Organização das Nações Unidas (ONU) até maio. Os países pobres afirmaram que boa parte do dinheiro vem de programas já existentes e não são verbas novas, como prometido.
Japão, União Europeia e Estados Unidos estiveram à frente dos doadores. Os gastos incluem projetos como um plano australiano para ajudar as Ilhas Salomão a desacelerar a erosão costeira e os investimentos feitos por Tóquio para promover a energia solar na África.
"A assistência definitivamente está sendo canalizada", disse Liz Gallagher, especialista do instituto de estudos ambientais E3G, de Londres. Ela afirmou, porém, que muitos projetos não têm a ambição de ajudar os países a executarem uma virada radical rumo a uma economia mais verde.
Em uma cúpula da ONU em Copenhague em 2009, o presidente dos EUA, Barack Obama, e outros líderes mundiais prometeram "nova e adicional" ajuda climática em torno de 30 bilhões de dólares entre 2010 e 2012, elevando para 100 bilhões de dólares anuais até 2020 a ajuda aos países pobres para combater o aquecimento global.
De longe o principal doador do projeto com a promessa de 15 bilhões de dólares em três anos, o Japão disse que manteria os planos, apesar dos custos da recuperação do país, abalado pelo terremoto devastador seguido de tsunami em março.
"Diante de um desastre sem precedentes, o Grande Terremoto do Leste do Japão, o Japão está determinado a superar a catástrofe e a continuar a implementar os compromissos de financiamento", diz o relatório japonês.
"Estamos certos que poderemos cumprir nossa promessa (dos 15 bilhões de dólares)", disse à Reuters Akira Yamada, que liderará a delegação do Japão na próxima rodada de conversações climáticas da ONU na Alemanha, entre 6 e 17 de junho.
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