Líderes de países do sul da África mantiveram prolongadas discussões neste sábado (16) sobre um acordo de divisão de poder para pôr fim à crise política desencadeada com a eleição no Zimbábue.
Uma fonte diplomática a par das conversações disse que ainda não foi alcançado um acordo. As reuniões têm como objetivo aproximar o partido Zanu-PF, do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, do oposicionista Movimento pela Mudança Democrática (MDC), liderado por Morgan Tsvangirai.
"É altamente improvável que aconteça alguma coisa hoje. Vamos ver amanhã (domingo)", disse o diplomata no momento em que se encerravam os procedimentos do dia, em Johannesburgo.
Líderes dos 14 países membros da Comunidade de Desenvolvimento do Sul Africano discutiram o esboço de um acordo durante uma reunião de quase cinco horas, a portas fechadas. Segundo diplomatas, tanto Mugabe como Tsvangirai participaram da reunião.
Uma outra fonte diplomática próxima das negociações disse que houve progresso e um acordo poderá ser firmado em breve.
O chefe da mediação nas conversações, o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, disse que milhões de pessoas no Zimbábue aguardam uma saída positiva "com grande expectativa e esperanças elevadas".
Mbeki se encontrou com os participantes nas conversações da sexta-feira (15). Ele tem sido amplamente criticado por não assumir uma posição dura com Mugabe. Se um acordo for alcançado durante o encontro, Mbeki vai obter um grande ganho político.
Ao ser indagado sobre seu otimismo em relação ao sucesso das negociações, o secretário-geral do MDC, Tendai Biti, respondeu: "Meio a meio".