O presidente da Colômbia, Iván Duque (à direita), ao lado do secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, em reunião de países do Tiar em Bogotá, Colômbia, 3 de dezembro de 2019| Foto: Raul ARBOLEDA / AFP

Os países do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) adotaram sanções contra 29 pessoas ligadas ao regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro. As medidas proíbem os afetados de entrar e transitar pelos países membros do tratado. Ministros de Relações Exteriores e representantes de 15 países membros, incluindo o Brasil, se reuniram nesta terça-feira (3) em Bogotá, Colômbia.

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Essa é a primeira decisão concreta do órgão de consulta após a decisão de ativar o Tiar - que é um tratado de defesa mútua equivalente à Otan para os países americanos - para tratar da ditadura chavista na Venezuela.

Durante a reunião, o presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu maior articulação entre os países para aplicar sanções ao regime de Maduro.

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"A América Latina hoje, mais do que nunca, precisa aumentar sua voz, e a coordenação de sanções e ações que podemos emitir a partir daqui será um passo a mais para avançar até a reconstrução da democracia na Venezuela", afirmou Duque, que disse que a aplicação do Tiar nessa questão é necessária porque o regime de Maduro representa "uma ameaça a toda a região".

Maduro considerou a reunião do Tiar um "fracasso". "Fracassou a reunião do Tiar, com a Venezuela ninguém se mete. Foi uma reunião de fantoches, de palhaços, não podem com a Venezuela. Repudio o discurso de Iván Duque", afirmou Maduro, segundo a imprensa venezuelana.

Diosdado Cabello, número dois do chavismo, disse que o Tiar é um "mecanismo inútil", que falhou na única vez que foi invocado, em referência à Guerra das Malvinas em 1982. "Podem dizer que vão invadir a Venezuela se quiserem, e é provável que entrem, mas aqui vamos dar a eles uma das maiores lições do mundo", disse Cabello, segundo a imprensa local.

Os países membros do Tiar que participaram da reunião foram:

  • Argentina
  • Brasil
  • Chile
  • Colômbia
  • Costa Rica
  • El Salvador
  • Estados Unidos
  • Guatemala
  • Haiti
  • Honduras
  • Panamá
  • Paraguai
  • Peru
  • República Dominicana
  • Venezuela (representada pelo governo interino de Juan Guaidó)
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As seguintes pessoas foram alvo das sanções:

  • Nicolás Maduro
  • Cilia Flores
  • Diosdado Cabello
  • Marlene Contreras de Cabello
  • José David Cabello
  • Jorge Arreaza
  • Luis Damiani
  • Arcadio Delgado
  • Tarek El Aissami
  • Rafael Franco
  • Alexander Gramcko
  • Gladys Gutiérrez
  • Hannover Guerrero
  • Ivan Hernández Dala
  • Tibisay Lucena
  • Carlos Malpica
  • Juan José Mendoza
  • Maikel Moreno
  • Calixto Ortega
  • Vladimir Padrino
  • Manuel Quevedo
  • Delcy Rodríguez
  • Jorge Rodríguez
  • Tarek William Saab
  • Lourdes Suárez
  • Iris Varela
  • Carmen Zuleta de Merchán
  • Raul Gorrín
  • Alex Saab