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São Paulo - O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, reuniu-se on­­tem com representantes do regime comunista da Coreia do Norte pela primeira vez desde que começou o seu mandato, em fevereiro de 2008.

Myung-bak recebeu em sua residência oficial os seis membros da missão enviada pela Coreia do Norte ao funeral do ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung, entre eles dois assessores do líder comunista norte-coreano, Kim Jong-il.

A delegação norte-coreana viajou para Seul na sexta-feira passada, com a finalidade de prestar homenagens ao ex-presidente, que morreu na semana passada.

Kim Dae-jung era respeitado na Coreia do Norte pelo fato de buscar soluções para aproximar os dois países, divididos desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A visita proporcionou uma oportunidade inédita para o diálogo entre as duas Coreias, cujas relações foram em grande parte congeladas desde que Lee My­­ung-bak tomou posse, ano passado, com uma linha mais dura com o regime comunista da Coreia do Norte.

Ontem, o ministro sul-coreano da Unificação, Hyun In-taek, recebeu o chefe da espionagem norte-coreana, Kim Yang Gon, que também cuida de assuntos intercoreanos, no primeiro contato de alto nível entre as duas Coreias desde a posse de Lee Myung-bak, um conservador pró-EUA.

A empobrecida Coreia do Nor­­te irritou-se com a política de Lee Myung-bak de dar fim ao auxílio incondicional, que já respondeu por 5% da economia norte-co­­re­­ana, estimada em US$ 17 bi­­lhões, e ligá-lo ao processo de Py­­on­­gyang de acabar com as ameaças que impõe aos vizinhos regionais.

A economia da Coreia do Norte, já combalida, foi afetada por sanções das Nações Unidas, impostas depois do lançamento de um foguete de longo alcance em abril. O movimento foi considerado um teste de míssil disfarçado. Houve ainda um exercício nuclear em maio.

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