
Submarino
Argentina e Reino Unido trocam farpas sobre armas
AFP e Reuters
O governo argentino exigiu ontem que o Reino Unido confirme a ausência de armas nucleares no Atlântico Sul, cinco dias antes do aniversário de 30 anos da guerra das Ilhas Malvinas, no âmbito da Cúpula de Segurança Nuclear em Seul.
"A Argentina exige que a potência extrarregional [Reino Unido] que recentemente enviou um submarino capacitado para transportar um arsenal nuclear para patrulhar o Atlântico Sul confirme a ausência de armas nucleares na região", afirmou o chanceler Héctor Timerman na cúpula, em discurso divulgado pela chancelaria em Buenos Aires.
A Grã-Bretanha ficou indignada com as declarações do ministro Timerman, e o vice-premiê britânico, Nick Clegg, reescreveu seu discurso para apresentar uma resposta.
"Receio ter a obrigação de responder às insinuações feitas pela delegação argentina sobre a militarização do Atlântico Sul pelo governo britânico", disse Clegg. "São insinuações infundadas e sem base."
A Guerra das Malvinas durou dez semanas e resultou na morte de 650 militares da Argentina e 255 da Grã-Bretanha. Esta venceu o conflito, controla as ilhas e diz que só aceita discutir a soberania do arquipélago a pedido dos seus 3 mil habitantes algo que parece improvável hoje e num futuro próximo.
Os líderes de 53 países reunidos na Cúpula de Segurança Nuclear de Seul lançaram ontem uma chamada destinada a reduzir o uso do urânio altamente enriquecido até o final de 2013 e a tomar medidas para que seu manejo seja mais seguro.
Em comunicado emitido ao término do encontro, os dirigentes instaram ainda à adesão aos instrumentos multilaterais relacionados à segurança nuclear e sublinharam o "papel central" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) neste terreno.
A declaração, contendo 13 pontos, destaca também a relação entre a segurança nas usinas atômicas e a prevenção de delitos nucleares, e reforça o compromisso dos 53 países de potenciar a segurança no transporte de materiais nucleares e radioativos e combater seu trânsito ilegal.
Terrorismo
Em linha com a primeira Cúpula de Segurança Nuclear, realizada em Washington em 2010, os líderes assinalaram que o terrorismo nuclear continua sendo uma das ameaças que mais desafiam a segurança internacional.
Sublinharam que é uma "responsabilidade fundamental dos Estados" manter a segurança efetiva de todo seu material nuclear, assim como das instalações atômicas sob seu controle, e evitar que os materiais, a informação e a tecnologia nucleares caiam em mãos de grupos hostis.
Com esse objetivo, planejam criar uma "arquitetura de segurança nuclear global" com a adesão do maior número possível de países aos acordos e convenções internacionais vinculados à proteção do material atômico.
Os líderes também destacaram que o urânio altamente enriquecido e o plutônio, materiais que permitem a fabricação de armas atômicas, requerem "precauções especiais", e por isso apelaram que os Estados os retirem de forma "segura" das instalações onde já não são utilizados.
Neste sentido, defenderam o uso de urânio de baixo enriquecimento, em lugar dos isótopos de maior nível.
A reunião também foi uma oportunidade para que EUA, China e Coreia do Sul discutissem nos bastidores o projeto norte-coreano de enviar ao espaço, em abril, um foguete de longo alcance que, segundo Pyongyang, transportará um satélite. Washington e seus aliados suspeitam de um teste de míssil.
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