O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, anunciará à Liga Árabe em Doha, no dia 22, uma nova tentativa de ingressar na ONU, desta vez como Estado não membro, afirmou neste domingo (15) um de seus principais assessores, Saeb Erekat.
Os palestinos pretendem ir à Assembleia Geral em busca do status de Estado observador, que espera-se que obtenham, ao contrário da tentativa de setembro de 2011 de reconhecimento como Estado de pleno direito pelo Conselho de Segurança, que fracassou, informou Erekat em entrevista à emissora de TV "A Voz da Palestina".
Abbas pedirá à comissão da Liga Árabe para a iniciativa de paz, cuja reunião ele mesmo tinha solicitado, que marque uma data para a apresentação na Organização das Nações Unidas (ONU) da nova reivindicação.
No seio da liderança palestina estudam-se três opções de datas para lançar a iniciativa, afirmaram à Efe fontes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) a par do debate interno.
Uma delas seria em setembro, por ocasião da reunião anual da Assembleia Geral, como foi feito em 2011; outra, em 29 de novembro, coincidindo com a sessão especial da ONU pelo plano de partilha da Palestina; e, a terceira, em uma data a ser determinada em breve, para não atrasar mais o processo.
"Não existe garantia alguma de que a situação vá mudar, independentemente das várias eleições previstas (como as presidenciais dos EUA, em novembro), enquanto a necessidade de proteção e reconhecimento do povo palestino é maior que nunca", explicaram as fontes, ao justificar a decisão.
As fontes destacaram a importância de obter na Assembleia não só a aprovação do status, que é considerada garantida, mas "uma vitória contundente" que simbolize o apoio internacional à causa palestina.
A liderança palestina reiteraria sua demanda ao Conselho de Segurança de reconhecimento como Estado de pleno direito se tivesse "claro" que conta com os votos para obter o status, mas "não é o caso" com sua atual composição, agregaram.
Na Assembleia Geral, a Palestina elevaria seu grau ao de Estado observador não membro, o mesmo do Vaticano e que a Suíça teve até 2002, e que abriria as portas a várias agências da ONU.
Atualmente a região é reconhecida como entidade permanente observadora, por isso está convidada a participar como observadora nas sessões e nos trabalhos da Assembleia Geral, assim como a manter uma missão permanente e um embaixador.
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