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Soldado israelense tenta conter manifestante palestino | Mussa Qawasma/Reuters
Soldado israelense tenta conter manifestante palestino| Foto: Mussa Qawasma/Reuters

Estado Observador

OLP ameaça denunciar Israel no Tribunal Penal Internacional de Haia

Desde que a Palestina obteve o status de Estado Observador da ONU em 2012, as autoridades palestinas ameaçaram iniciar ações legais contra a construção de colônias por Israel no Tribunal Penal Internacional de Haia. A obtenção da posição de Estado Observador abre para a Palestina o acesso a várias convenções e organizações internacionais.

No início de abril, Abbas assinou pedidos de adesão da Palestina a 15 acordos e tratados internacionais, incluindo a Convenção de Genebra sobre a proteção de civis, após a decisão de Israel de não libertar um grupo de prisioneiros palestinos. O direito internacional considera ilegais todas as colônias israelenses.

Israel intensificou ontem a política de assentamentos com o anúncio da construção de 3 mil casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em represália pela formação de um governo de unidade palestino, decisão contra a qual os palestinos prometem recorrer às Nações Unidas.

"Observamos a última escalada com a maior seriedade e a responderemos abordando o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral da ONU como a maneira correta de pôr freio a esta grave violação e garantir a prestação de contas", explicou Hanan Ashrawi, membro do comitê executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O ministério israelense da Habitação abriu nesta quinta um processo de licitação para construir 1.100 casas na Cisjordânia, área governada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), e 400 na anexada Jerusalém Oriental.

"Eu saúdo a decisão de dar a resposta sionista apropriada ao estabelecimento do governo palestino do terror", afirmou o ministro israelense da Habitação, Uri Ariel.

Estados Unidos, ONU, União Europeia e Rússia receberam favoravelmente o novo governo palestino de "unidade nacional", formado pela coalizão entre o Fatah – partido Mahmoud Abbas, presidente da ANP – e o Hamas – grupo que controla a Faixa de Gaza e é considerado terrorista.

Resposta

Depois de tomar conhecimento da intenção palestina de denunciar as colônias judaicas em seu território às Nações Unidas, o governo israelense ordenou o desbloqueio de um plano de construção de mais 1.500 casas.

Segundo a imprensa israelense, o governo havia paralisado há três meses o projeto, que prevê a construção de residências em 10 localidades da Cisjordânia.

Uma fonte da administração palestina afirmou que os dirigentes palestinos, que pediram ao governo dos Estados Unidos a adoção de "medidas sérias" contra Israel.

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