Tensão aumentou na região após a morte do líder do Hamas, Ismail Hanyeh. Na foto, iranianos seguram fotos de Haniyeh, durante um protesto na praça Palestina em Teerã, Irã, em 31 de julho| Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH
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Uma mulher de 66 anos e um homem de 70 morreram neste domingo (4) em um ataque a faca realizado por um palestino na cidade de Holon, em Israel. Outras duas pessoas ficaram feridas. A informação é dos serviços médicos de emergência.

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O agressor, um palestino que vivia na Cisjordânia ocupada, foi morto por um policial no local do crime, informou a polícia israelense. Ele foi identificado pelos serviços de segurança como Amar Odeh, de 34 anos, residente na cidade palestina de Salfit, e entrou ilegalmente em Israel, porque não tinha autorização.

A mulher de 66 anos foi declarada morta ainda no local do ataque, enquanto o homem de 70 anos, que estava em estado crítico, morreu pouco depois no hospital.

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Os outros feridos são um homem de 68 anos e um jovem de 26, ambos em estado moderado.

O agressor atacou as vítimas em três locais diferentes, a uma distância de cerca de 500 metros um do outro, segundo porta-vozes dos serviços de emergência.

“Com a preocupação de que possa haver mais um suspeito, os cidadãos devem permanecer vigilantes e relatar qualquer atividade suspeita”, alertou a polícia.

Repercussões do caso

O presidente israelense, Isaac Herzog, apresentou suas condolências “às famílias cujo mundo foi destruído esta manhã” pelo esfaqueamento, em um comunicado publicado na rede social X.

“O mundo não pode fechar os olhos enquanto somos repetidamente atacados por terrorismo cheio de ódio”, escreveu.

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Por sua vez, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, apelou a “todos os israelenses que portem armas” desde Holon, para onde se deslocou com o chefe da polícia Avshalom Peled.

“Equipamos os cidadãos com 150 mil armas de fogo, estabelecemos mais equipes comunitárias de resposta a emergências e também estamos trabalhando nas prisões para criar um elemento de dissuasão”, acrescentou Ben-Gvir.

O líder da oposição, Yair Lapid, acusou o ministro, afirmando nas redes sociais que, desde que assumiu o poder, as ruas israelenses “foram inundadas com assassinatos, crimes e ataques”.

Caso acontece em meio a aumento de tensão

Este esfaqueamento ocorre no auge das tensões no país devido ao assassinato do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh. Desde a morte dele, a organização islâmica apelou à população da Cisjordânia para "fazer com que a ocupação (israelense) e seus aliados paguem o preço de seus crimes", entre outras mensagens enaltecendo o uso da violência.