Um palestino que supostamente atropelou três soldados israelenses e feriu outros três na quarta-feira (5), na Cisjordânia ocupada, se rendeu, informou o Exército israelense nesta quinta-feira (6).

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Na quarta, o palestino jogou seu carro contra um grupo de soldados israelenses na região de Belém, ferindo três militares, um gravemente. O incidente ocorreu nos arredores do campo de refugiados palestinos de El Arub, ao sul de Belém, e o carro tinha placa palestina.

O ataque ocorreu no mesmo dia em que um palestino atropelou pedestres no centro de Jerusalém, matando uma pessoa e ferindo outras 13 antes de ser morto a tiros pela polícia. Em comunicado, o Hamas assumiu a autoria do atentado.

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Antes disso, houve embates violentos entre a polícia israelense e palestinos em bairros árabes de Jerusalém e na entrada da mesquita de Al-Aqsa, na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado para o Islamismo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, responsabilizou nesta quarta-feira o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pelo atropelamento em Jerusalém.

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, que faz visita a Viena, denunciou em comunicado que o ataque é a "apavorante prova" da política de apoio de Abbas aos terroristas.

"Junto ao generoso apoio financeiro proporcionado pela autoridade palestina às famílias de terroristas tirado dos fundos internacionais, a reação de Abbas frente a esses atos serve para encorajar e incentivar mais casos de violência contra os israelenses", disse Lieberman. Prisões

A polícia de Israel prendeu nas últimas horas 16 palestinos por violar a ordem em vários bairros árabes em Jerusalém. Ao todo, 188 palestinos já foram detidos pelas forças de segurança nas últimas duas semanas em Jerusalém, informou nesta quinta-feira o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.

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A troca de tiros, foguetes, bombas de efeito moral e outros artefatos foram especialmente intensos nos bairros árabes de Silwan, Shuafat, Wadi Joz, Abu Tor. Esplanada das Mesquitas

Netanyahu disse nesta quinta-feira que não haverá mudanças no status quo da Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos israelenses como Monte do Templo, após os violentos enfrentamentos registrados no local.

Em um comunicado divulgado por seu porta-voz para a imprensa estrangeira, Mark Reguev, o primeiro-ministro afirmou que Israel não tem intenção de modificar o delicado equilíbrio de forças no recinto sagrado tanto para muçulmanos como para judeus.

A Esplanada das Mesquitas chegou a ser fechada após a tentativa de assassinato de um ativista judeu em Jerusalém. De acordo com as regras que regem o acesso a Al Aqsa, os judeus são autorizados a entrar no complexo, mas não podem rezar ali.

Nos últimos anos, tem havido um esforço por ativistas judeus de extrema-direita para permissão de reza no local, uma campanha que tem aumentado as tensões com a comunidade muçulmana.

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A Jordânia, que em virtude do acordo de paz com Israel de 1994, administra as atividades religiosas na esplanada, retirou seu embaixador em Israel em protesto contra o que descreveu como "violações" cometidas em Jerusalém e seus lugares santos.