Ramallah (Folhapress) O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, anunciou o adiamento das eleições parlamentares para janeiro de 2006. A comunicação foi feita dois meses depois de as eleições, que ocorreriam em 17 julho, terem sido suspensas. "Escolheremos um dia, mas será em janeiro'', afirmou Abbas, em um discurso para o Parlamento em Gaza. Segundo Abbas, o adiamento do pleito foi motivado pela necessidade de elaborar uma nova lei eleitoral.
O grupo palestino extremista Hamas criticou a decisão, dizendo que a atitude quebra a promessa de cessar-fogo para pôr fim a quatro anos e meio de conflitos entre palestinos e israelenses. O líder do grupo radical Hamas, Saeed Seyam, que estava presente no discurso, afirmou que seus militantes prefeririam que as eleições fossem realizadas este ano. "Temos reservas em relação à nova data. Esperamos que eles se comprometam de fato com ela'', disse Seyam.
O Hamas também acusou Abbas de tentar ganhar tempo com o adiamento para que seu partido, o Fatah, possa ter um melhor desempenho nas eleições gerais. No entanto, Seyam reafirmou a intenção de seu grupo em disputar as eleições.
No mês passado, Abbas convidou o Hamas a se unir ao governo para ajudá-lo a controlar Gaza após a retirada israelense. No entanto, os dirigentes do grupo recusaram o convite, dizendo que, antes, gostariam de disputar as eleições parlamentares, nas quais esperam obter uma votação expressiva.
Abbas também fez ontem, pela tevê, um apelo para que seu povo garanta a calma durante a desocupação do assentamentos judaicos do território palestino de Gaza, afirmando que uma transferência pacífica do controle do território dará mais força à luta por um Estado palestino. Numa sessão parlamentar especial sobre a Faixa de Gaza, ele também pediu aos militantes que continuem respeitando o cessar-fogo, além de advertir contra saques e furtos depois da saída dos israelenses dos assentamentos.
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