Autoridades palestinas acusaram Israel nesta terça-feira (6) de desencadear a violência em Jerusalém Oriental para justificar um controle ainda maior da disputada cidade, e uma delas até falou em uma "batalha de Jerusalém".
"Israel está riscando fósforos na esperança de despertar um incêndio, aprofundando as tensões em Jerusalém Oriental deliberadamente ao invés de tomar medidas para apaziguar a situação", afirmou em comunicado o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, antes de conversas com o enviado do presidente norte-americano Barack Obama esta semana.
Líderes palestinos emitiram uma série de graves alertas na semana passada após confrontos entre policiais israelenses e manifestantes na mesquita al-Aqsa, na cidade antiga de Jerusalém, por supostas tentativas de ativistas religiosos judeus de entrarem no local.
O complexo que abriga a mesquita é um local sagrado para muçulmanos e judeus e é um foco constante de tensão. Forças de segurança israelenses controlam o acesso à área e com frequência proíbem o ingresso de jovens muçulmanos.
Fontes palestinas dizem temer que "pequenos focos de incêndio" fujam do controle, como em ocasiões anteriores, se os israelenses reagirem com "mão pesada" ao invés de se engajarem em esforços para reduzir as tensões.
O governo palestino disse na segunda-feira que "confrontaria Israel" diplomaticamente sobre a escalada das tensões.
Nesta terça-feira a polícia israelense prendeu Raed Salah, líder do Movimento Islâmico em Israel que no passado foi processado por incitar a violência. A polícia disse que Salah foi preso por fazer incitações e comentários sediciosos nos últimos dias.
Cerca de 70 mil pessoas marcharam nas ruas de Jerusalém nesta terça-feira para marcar o feriado judeu do Sukkot. Um porta-voz da polícia disse que a cidade permaneceu calma apesar da grande multidão e que só houve alguns incidentes isolados nos quais ninguém foi ferido ou preso.
O enviado de Obama para o Oriente Médio, George Mitchell, deve visitar Jerusalém nesta semana para dar continuidade aos esforços de reiniciar as conversas de paz entre o presidente palestino Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
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