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Quarenta palestinos da Faixa de Gaza visitaram nesta segunda-feira seus familiares detidos em uma prisão israelense pela primeira vez em cinco anos, informou à Agência Efe o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que coordenou os encontros.

"A última visita autorizada por Israel a palestinos de Gaza foi em junho de 2007. Desde então estavam suspensas e hoje, por volta das duas da madrugada, pela primeira vez, 40 palestinos puderam desfrutar e ver seus filhos, irmãos e esposos", explicou à Efe Ayman Alshehabi, porta-voz do CICV em Gaza.

Israel suspendeu as autorizações de visitas dos residentes da faixa aos reclusos com a imposição do bloqueio a Gaza que seguiu à tomada de poder pela força no território do movimento islamita Hamas, uma medida que afetou a mais de 800 detidos.

"Desde então, tentamos repetidamente conseguir que autorizem as visitas, sem sucesso", disse Alshehabi, assinalando que foram 24 presos da prisão Ramon (no sul de Israel) que puderam ver seus parentes.

Este porta-voz lembrou que, "segundo estabelece a legislação internacional humanitária, os detidos têm direito a receber visitas regulares de seus familiares, incondicionalmente. É um direito, um padrão internacional que deve ser implementado e respeitado por Israel".

Dos cerca de 5.000 palestinos presos que há na atualidade em Israel, 554 têm seus parentes na faixa.

A revogação da suspensão de visitas de Gaza foi uma das exigências da greve de fome de 27 dias que entre 1.500 e 2.500 reclusos fizeram em abril e maio, à qual puseram fim após chegar a um acordo com as autoridades de prisões israelenses para a melhora de suas condições.

"Este é um primeiro passo e esperamos que as visitas (a prisões) de residentes de Gaza sejam retomadas totalmente", assinalou em comunicado Juan Pedro Schaerer, chefe da delegação do CICV em Israel e os territórios palestinos ocupados.

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