Gaza Militantes palestinos que mantêm cativo um soldado israelense anunciaram ontem novas exigências. Além do fim da ofensiva do Exército de Israel em Gaza, eles exigem a libertação de mil prisioneiros detidos em prisões israelenses. As exigências foram divulgadas em meio à pressão de Israel, que lançou novos ataques aéreos em Gaza pela quarta noite seguida.
O novo pedido para libertação dos prisioneiros foi emitido pelas Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado da Fatah, de Mahmoud Abbas, e dois grupos militantes menores com laços com o Hamas os Comitês de Resistência Popular e o Exército do Islã.
Os três grupos assumiram a responsabilidade pela abdução do soldado Gilad Shalit, durante uma ação na fronteira, no domingo passado. No comunicado, os militantes condenaram Israel por lançar a operação militar enquanto os esforços diplomáticos ainda estavam em andamento. Mediadores do Egito tentam encontrar uma solução para o conflito há dias.
Os mil prisioneiros incluem muçulmanos não palestinos e árabes presos por Israel. O gesto parece ter o objetivo de aumentar o apoio aos palestinos no mundo árabe.
O documento reiterou o pedido para a libertação de mulheres e menores de idade mantidos em prisões israelenses, número estimado em 500 pessoas, em troca de informações sobre Shalit.
Juntamente com as exigências, no comunicado o grupo não prometeu libertar o soldado ou fornecer mais informações sobre sua condição. Israelense acreditam que Shalit sofreu ferimentos leves, mas que ainda está vivo.
O destino dos prisioneiros detidos por Israel é uma questão delicada na sociedade palestina. Líderes locais pedem rotineiramente a sua libertação e os apelos de militantes para a soltura dos presos ganhou largo apoio entre a população. Israel se negou diversas vezes a atender a este pedidos.
O primeiro-ministro palestino Ismail Haniye, do Hamas, disse, na última sexta-feira, que a ofensiva israelense tem o objetivo de derrubar o governo do Hamas. O premier falou durante um sermão em um mesquita em Gaza, em sua primeira aparição pública desde o seqüestro de Shalit. Haniye disse que está em contato com árabes, muçulmanos e europeus para tentar resolver a crise.
O presidente egípcio Hosni Mubarak disse em uma entrevista publicada pelo jornal Al-Ahram que o governo está negociando com lideres do Hamas, que concordaram em libertar Shalit condicionalmente.
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