As eleições presidenciais de domingo no Panamá serão disputadas por sete candidatos, mas a votação é vista como um referendo sobre o atual presidente Ricardo Martinelli, que foi impedido pela constituição de buscar outro mandato de cinco anos.
O conservador Martinelli promoveu o boom de uma das economias de crescimento mais rápido da América Latina, mas foi acusado de concentrar muito poder. Sua esposa, Marta Linares, que concorre à vice-presidência pelo partido governista Mudança Democrática juntamente com José Domingo Arias, está em uma disputa acirrada com outros dois candidatos.
A votação de domingo marca a quinta eleição livre desde que protestos cívicos e uma invasão pelos Estados Unidos derrubaram em 1989 Manuel Noriega, colocando um fim a uma ditadura militar de 21 anos. Mas a democracia panamenha, assim como a de outros países da América Latina, ainda é frágil.
Muitos analistas afirmam que Martinelli permanecerá no poder, caso Arias e sua esposa sejam eleitos.