O panda gigante não é mais uma espécie ameaçada de extinção, segundo lista da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês).A saída do animal da categoria ocorreu devido ao aumento de 17% na quantidade da população da espécie ao longo dos últimos dez anos. As informações são do site Science Alert.
Apesar da boa notícia, os pandas gigantes ainda se encontram na categoria “vulnerável” da IUCN. “Embora a população esteja aumentando, a mudança climática mundial está prevista para eliminar mais de 35% do habitat de bambu do panda nos próximos 80 anos. Isso significa que a quantidade de representantes da espécie deverá diminuir”, diz o relatório da IUCN, que evidencia a importância da continuidade dos esforços para manter a espécie.
A mudança de ameaçada de extinção para “vulnerável” confronta as previsões de 2009 para a espécie, que diziam que estaria extinta em três décadas. Segundo o site, atualmente existem 67 reservas de pandas fortemente protegidas na China, responsáveis por cerca de dois terços da população global da espéci e. A IUCN estima que existam aproximadamente 1.864 adultos selvagens. Já o número estimado de filhotes está em cerca de 2.060.
A IUCN cita a proteção das florestas e medidas de reflorestamento na China como fatores determinantes para o novo cenário, já que houve aumento significativo da quantidade de habitat disponível para a espécie, o que permite que haja novas populações nas florestas de bambu.
Um dos maiores desafios para o aumento no número da população de pandas gigantes é o fato de que a vida em cativeiro os desestimula a procriarem, fazendo com que a reprodução não seja muito promissora entre os animais de zoológicos. Além disso, por apresentarem um sistema digestivo curto, eles precisam comer continuamente por cerca de 14 horas por dia, consumindo mais de 12 quilos de bambu diariamente.
“A recuperação do panda mostra que quando a ciência, a vontade política e engajamento das comunidades locais vêm juntos, podemos salvar animais selvagens e também melhorar a biodiversidade”, explicou Marco Lambertini, da entidade WWF (World Wide Fund for Nature), em um comunicado à imprensa.
Colaborou: Cecília Tümler
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