Um profissional de saúde tira uma amostra para teste de Covid-19 em um residente do bairro Kennedy, uma das áreas com casos mais positivos em Bogotá, Colômbia| Foto: Raul ARBOLEDA/AFP
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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (8), que o quadro da pandemia da Covid-19 melhora na Europa, "mas globalmente piora". O alerta foi feito durante entrevista coletiva virtual da instituição, na qual a autoridade lembrou que já foram reportados à OMS quase 7 milhões de casos da doença, com quase 400 mil mortes.

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"Os países não devem relaxar agora na luta contra a pandemia", enfatizou, lembrando que, entre as medidas, rastrear contatos das pessoas contaminadas "continua a ser crucial" no combate ao vírus. Ele também voltou a insistir na necessidade de se encontrar e isolar os casos suspeitos, tratando os que foram confirmados e precisarem de apoio médico.

Ghebreyesus citou a gravidade do quadro nas Américas, lembrando que, dos casos reportados no domingo, quase 75% vieram das Américas e do sul da Ásia.

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América Latina

O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, mostrou preocupação com o quadro das Américas Central e do Sul na pandemia de novo coronavírus. "Neste momento, a epidemia na América Central e do Sul é a mais complexa de todas as situações que enfrentamos globalmente", disse na entrevista coletiva. Ryan recomendou que o mundo "ajude os países da região" a lidar com o "grande impacto" do problema, citando que há "aceleração de casos na maioria dos países, do México ao Chile".

Ryan pediu "forte liderança dos governos na América Latina para lidar com a pandemia e também "solidariedade" entre as nações. "Não é apenas um país, são muitos países enfrentando epidemias muito severas", afirmou. "O que vimos na Europa e na América do Norte nos sistemas de saúde...agora há pressão por leitos e nem todos os países (das Américas Central e do Sul) conseguem lidar com a doença, por diferentes razões", alertou ainda.

Líder da resposta da OMS à pandemia e também presente na coletiva, Maria Van Kerkhove disse que a situação nos países da região é de fato similar ao de muitos países várias semanas ou meses atrás. Diante disso, ela insistiu em uma abordagem abrangente, "com toda a população engajada" para proteger de uma infecção a si mesmo, sua família e outras pessoas.

Além disso, insistiu na necessidade de realizar testes, rastrear contatos dos doentes, que os doentes confirmados e suspeitos façam quarentena e que os mais graves recebam tratamento adequado. "Temos de nos lembrar que essas intervenções funcionam. Não apenas uma delas, mas seu conjunto", ressaltou.