Passageiros esperam em filas no aeroporto BER em Schoenefeld, Alemanha, nesta sexta-feira (19) em meio ao apagão global| Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN
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Um apagão online global, causado por uma falha em um sistema da Microsoft, está causando problemas em inúmeras empresas ao redor do mundo nesta sexta-feira (19), incluindo companhias aéreas, bancos, empresas de telecomunicações e até mesmo hospitais.

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De acordo com o Downdetector, site que monitora interrupções na rede, desde a noite passada foram registrados picos repentinos de incidentes em diversos sites que usam aplicativos da Microsoft.

Esses problemas começaram a ser detectados nos EUA e se espalharam por diversas partes do mundo.

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Todos os voos de diversas grandes companhias aéreas americanas – incluindo Delta, United e American Airlines – foram suspensos na madrugada desta sexta-feira devido ao apagão.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) confirmou o incidente que afeta todos os voos do país, independentemente do destino.

Não se sabe quanto tempo durará a parada das aeronaves em solo, embora a FAA tenha indicado que estão sendo realizadas atualizações do sistema para recuperar a normalidade.

Por sua vez, a companhia aérea irlandesa Ryanair informou que suas operações estão sendo afetadas pela falha informática global que atribuiu a “software de terceiros”.

A empresa com sede em Dublin recomendou que os seus passageiros chegassem aos aeroportos pelo menos três horas antes da hora de partida para evitar filas.

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“Estamos enfrentando interrupções na rede devido a um problema de TI de terceiros que está além do nosso controle”, explicou a Ryanair em seu site.

Em Israel, o Ministério da Saúde afirmou que hospitais e outros serviços de saúde do país registraram falhas técnicas resultantes de um problema informático global.

“Uma aparente falha global ligada à empresa de segurança informática Crowdstrike no sistema operativo Windows da Microsoft causou interrupções globais”, afirmou o jornal Times of Israel.

O serviço de emergência Magen David Adom também relatou em comunicado que estava tendo dificuldades em receber chamadas em sua linha telefônica, razão pela qual pediu aos cidadãos que entrassem em contato com a polícia em caso de emergência.

Também foram registradas incidências no serviço de Correios israelense e no Aeroporto Internacional Ben Gurion, que alertou para possíveis atrasos de voos devido a este problema global.

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Na Austrália, além de prejudicar as operações dos principais aeroportos do país, os apagões afetaram o sistema de pagamentos de supermercados e bancos como o NAB, o ANZ, o Commonwealth Bank e o Bendigo Bank, segundo afirmou a emissora estatal “ABC”.

Várias companhias aéreas e aeroportos do Sudeste Asiático também confirmaram que estão sofrendo de problemas informáticos relacionados com uma falha de sistema da Microsoft.

Entre as companhias aéreas afetadas destacam-se a Singapore Airlines, a Filipinas Cebu Pacific e a Malaysian AirAsia.

Origem do apagão está em atualização

Uma atualização defeituosa da plataforma de segurança informática CrowdStrike é a origem da falha ocorrida nos sistemas da Microsoft que provocou um apagão online que tem afetado empresas em todo o planeta.

A empresa admitiu que uma falha em uma atualização da sua plataforma CrowdStrike Falcon, um dos sistemas de proteção antivírus do Windows, causou o caos, e garantiu que já está trabalhando para reverter a situação.

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Segundo explicaram especialistas em informática à Agência EFE, a última atualização de controladores da Falcon continha erros e imediatamente colapsou o Azure, plataforma de computação na nuvem criada pela Microsoft para construir, testar, implantar e gerenciar aplicativos e serviços usando sua infraestrutura global.

Isto provocou o aparecimento de telas azuis, conhecidas como “telas da morte”, que em todo o mundo mostravam que os sistemas haviam parado de funcionar e que os servidores precisavam ser reiniciados.

A CrowdStrike sugere a exclusão de um arquivo sys - arquivos de sistema do Windows -, mas atualmente isso não garante a recuperação de todas as funções, pois, como afirmaram os especialistas à EFE, todos os servidores de uma empresa estão conectados entre si, então mesmo que um "se levante" o resto pode não funcionar.

Além disso, os próprios servidores da CrowdStrike estão inativos, tornando impossível saber com certeza quando os sistemas afetados serão recuperados.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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