O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que a velocidade do ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, em setembro passado, impediu que as forças armadas dos EUA respondessem a tempo para salvar quatro americanos que foram mortos.
Em um testemunho ontem no Congresso, que deverá ser o último dele antes de deixar o cargo, Panetta defendeu a resposta militar dos EUA no caótico 11 de setembro do ano passado, à medida que o governo do presidente Barack Obama tentava avaliar a ameaça de manifestações na Tunísia, Egito, em Trípoli, capital da Líbia, e em outros países.
Ele insistiu que não houve sinais específicos de um ataque iminente à missão diplomática que matou o embaixador Chris Stevens e três outros americanos. Mas logo depois do ataque inicial, Panetta enviou várias equipes militares para Benghazi, incluindo marines da Espanha e uma força especial que estava treinando na Europa Central.
O testemunho dele ocorre mais de três meses após os Republicanos acusarem o governo Obama de ter ignorado sinais de uma deterioração da segurança em Benghazi e considerar um ato de terrorismo como mero protesto sobre um vídeo antimuçulmano no calor da campanha presidencial dos EUA. Funcionários de Washington suspeitam que militantes ligados à Al-Qaeda realizaram o ataque.
Questionado por que mais poder de fogo, como helicópteros ou jatos de caça, não foi enviado, Panetta disse que eles não estavam nas proximidades e seria preciso pelo menos 9 a 12 horas para chegarem ao local. "Foi simplesmente um problema de distância e tempo", disse.