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Os Estados Unidos dizem que apenas desejam uma democracia no Iraque e que nunca tentaram influenciar o povo iraquiano sobre quem deveria assumir o poder após o governo de transição. No entanto, Washington favoreceu claramente candidatos seculares nas eleições do ano passado.

Em Basra, e em outras cidades do sul do país, incluindo as sagradas Najaf e Kerbala, as idéias seculares não são toleradas: ter um bar ou uma locadora de vídeo na região é algo arriscado, pois tais atividades são condenadas pelos xiitas, ramo mais rigoroso do Islã. Clubes e restaurantes são fechados quando tocam música. As mulheres são obrigadas a usar o tradicional véu.

Os rigores sociais islâmicos também alcançaram Bagdá, outrora uma cidade cosmopolita com cerca de 6 milhões de habitantes, a maioria sunitas, mas com bolsões controlados pelos grupos xiitas. Em vários pontos da cidade, assim como ocorre em quase todo o sul do país, cartazes e murais com imagens de líderes religiosos de turbante e túnica preta recordam que o sistema religioso xiita desempenha um papel importante na sociedade.

Quando a secretária de Estado dos estados unidos, Condoleezza Rice, visitou o Iraque, no ano passado, em sua primeira viagem como representante da pasta, ela estendeu a mão ao primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim al-Jaafari. Este, obedecendo aos ensinamentos xiitas de não tocar no corpo de uma mulher que não seja da família, fez uma respeitosa referência com a mão no peito. No entanto, os dois se cumprimentaram com um aperto de mãos tempos depois, na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.

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