O papa Bento XVI, criticado na América Latina por ter declarado que a Igreja purificou os índios, admitiu nesta quarta-feira que houve injustiças durante a colonização do continente americano.
Ainda assim, ele não chegou a pedir desculpas, como havia sido exigido por alguns líderes, incluindo o presidente venezuelano Hugo Chávez.
"Embora não negligenciemos as diversas injustiças e sofrimento que acompanharam a colonização, o Evangelho expressou e continua a expressar a identidade dos povos nesta região", disse o pontífice.
Chávez acusou o papa de ignorar o "holocausto" que se seguiu à chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492.
No Brasil, líderes indígenas afirmaram ter se ofendido pelos comentários "arrogantes e desrespeitosos" de Bento XVI.
Em discurso para bispos latino-americanos e do Caribe no encerramento de sua visita ao Brasil, o pontífice afirmou que a Igreja não havia se imposto aos povos indígenas das Américas. Segundo o papa, os índios receberam bem os padres europeus, já que "Cristo era o salvador que esperavam silenciosamente".
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