O papa Bento 16 condenou neste sábado a engenharia genética e outras práticas científicas que permitem às pessoas selecionar características dos chamados ``bebês sob medida'', evitando assim defeitos na criança.
Num discurso para a Academia Pontifícia pela Vida, um conselho de especialistas da Igreja, o papa também atacou a inseminação artificial e os exames médicos que podem detectar doenças e problemas genéticos nos embriões. ''Nos países desenvolvidos, há um crescente interesse pela pesquisa biotecnológica mais sofisticada para disponibilizar métodos na busca obsessiva pela chamada criança perfeita'', declarou o papa.
Ele disse que o direito à vida está cada vez mais sob ataque no mundo, citando a pressão para a legalização do aborto na América Latina e da eutanásia nos países mais ricos.
O papa também falou contra as uniões civis como alternativa ao casamento. A declaração foi a sua mais recente crítica a um projeto aprovado pelo governo italiano, que garante determinados direitos a casais sem o matrimônio e a casais gays.
Parece agora mais difícil que esse projeto vire lei, já que a proposta foi deixada de lado no novo programa de governo apresentado pelo premiê Romano Prodi para contornar a crise política italiana e manter-se no poder.