• Carregando...
O Papa Francisco fala em um encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático no antigo Mosteiro Carmelita em Budapeste, Hungria, em 28 de abril de 2023.
O Papa Francisco fala em um encontro com autoridades, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático no antigo Mosteiro Carmelita em Budapeste, Hungria, em 28 de abril de 2023.| Foto: EFEEFE/EPA/Szilard Koszticsak Hungary Out

O papa Francisco fez críticas, nesta sexta-feira (28), a quem “presume como conquista o direito insensato ao aborto”, classificando a prática como sendo "sempre uma trágica derrota”. A declaração foi feita durante seu primeiro discurso na Hungria perante as autoridades do país.

Após se encontrar com a presidente Katalin Novák e o primeiro-ministro Viktor Orbán separadamente, o papa criticou em um discurso o que chama de "colonizações ideológicas" que, em sua opinião, "eliminam as diferenças, como a chamada ideologia de gênero, ou então antepõem à realidade da vida conceitos redutores de liberdade, quando, por exemplo, se alardeia como conquista um insensato direito ao aborto, que é sempre uma trágica derrota".

Por outro lado, o papa aplaudiu a "construção de uma Europa centrada na pessoa e no povo, onde existam políticas efetivas para a natalidade e a família" e "onde nações diversas sejam uma família em que zele pelo crescimento e a singularidade de cada uma". Ele também mencionou os valores cristãos que o primeiro-ministro Orbán, que é calvinista, afirma defender, mas enfatizou que esses valores "não devem ser expressos através da rigidez e do fechamento, porque a verdade de Cristo exige mansidão e bondade".

O pontífice recordou, em um país onde o governo mantém uma política dura contra a migração, “que a assistência aos necessitados e aos pobres é uma obrigação”. Ele também defendeu que a Europa lide com a crise migratória, "sem desculpas ou atrasos".

O papa continuará sua viagem pela Hungria e terá um encontro hoje com os bispos do país, enquanto amanhã visitará os migrantes, muitos deles ucranianos, mas também de África e Ásia, atendidos pela Caritas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]